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Última atualização: 2018/06/22 1:40:55

Desde sempre, a Bandeira do Brasil deveria ter outro desenho. Ao invés de um círculo central representando o céu e os rios brasileiros com as estrelas representando os estados, a prática indica que deveria constar uma máscara encobrindo uma bola de futebol. 

Desde o período da ditadura militar de 1964, a copa do mundo passou a representar a salvação da lavoura para a pátria brasileira e o escudo para proteger as infindáveis falcatruas praticadas sob o manto do futebol. 

A copa de 1970 foi conquistada com um time calçando coturnos e sob a mira dos fuzis. Os jogadores “tiveram” de ganhá-la para safar-se da tortura. Por trás da copa do mundo, com a propaganda de massas desviou a atenção do povo foi desviada para que os ditadores da época preparassem suas emendas constitucionais. Tinha-se um povo absorto e distraído pela bola rolando nos gramados do México, enquanto os ditadores agiam na obscuridade. 

DESMORALIZAR

A máscara seguinte foi usada em 2014. Era preciso desmoralizar o governo e o Brasil, para preparar o golpe que foi perpetrado logo em seguida. O País afundou-se em dívidas para preparar o campo de provas para a Copa do Mundo e Olimpíada, tendo um desempenho pífio. Parte dos brasileiros choraram e uma grande parte festejou. Enfim, a máscara havia funcionado de acordo com a estratégia adotada. Os 7 X 1 para a Alemanha jamais se repetirão, a menos que outro golpe esteja em curso. A Copa de 1970 repetiu-se nos coturnos e mira dos fuzis, não para ganhar, mas para perder. Este era o plano. A história ainda irá contar.

SERVIÇO ENCOMENDADO

O atual momento não é tão diferente dos demais. É preciso salvar o governo impostor que aí está, e para isso nada melhor que o futebol. Sabendo que o Povo Brasileiro deixa de comer para pular carnaval e assistir futebol, a mídia, sob encomenda, criou doze deuses, sendo onze jogadores e um treinador, para iludir e distrair o povo enquanto o governo apronta suas falcatruas, algumas já em curso. 

Foi preparado um grande teatro (embora mais pareça um circo), para expor as máscaras que irão encobrir as verdadeiras intenções que estão por trás da paixão nacional. Criando seus personagens deuses, alguns foram ungidos pelo poder do Espírito Santo e passaram a reproduzir, formando novos deuses.

É o caso do treinador Tite, endeusado pela mídia, que passou a criar novos deuses. Um deles é o jogador Paulinho, que foi guindado à posição de homem de confiança do treinador. Haja Deus!

Neymar, agora também “Júnior”, já endeusado, não satisfeito, colocou a auréola sobre sua cabeça, ajeitando o cabelo para caracterizar sua divindade. O efeito, foi o que se viu na estreia. Choro e ranger de dentes.

SINAIS DA ENCOMENDA

Os sinais que vem da mídia mostrando o esforço para despertar o interesse da população são bastante visíveis. Não há divulgação de dados de audiência a respeito, mas a única pesquisa que foi divulgada dá conta que 53% da população brasileira não está interessada na Copa do Mundo. Pudera não, diria José Vasconcellos, com uma “stopper” no rabo, depois de pagar uma fortuna para ser a emissora oficial da Copa do Mundo e ver a audiência caindo pelas tabelas, a poderosa Globo que já não anda bem das pernas, e com o povo contra, deve estar roendo as unhas. Ainda não é hora, mas ela vai chegar, para dizer “Triste Fim de Policarpo Quaresma”!

FAZENDO ÁGUA

É bem verdade que ainda é cedo. Apenas uma partida foi jogada. Mesmo assim, alguns arautos do endeusamento já estão revendo suas posições. No dia seguinte à estreia, escolheram o juiz como culpado pelo mau resultado. Logo em seguida, passaram a analisar e criticar a atuação dos deuses de Tite e da Globo. 

A esse comportamento oblíquo, de endeusar nos bons momentos e satanizar nos maus, pode-se aplicar a frase bíblica que ensina: “quando o barco começa a afundar, os ratos são os primeiros a abandoná-lo”. Que assim seja, mas que reconheçam a precipitação. 

JÁ É TEMPO

A essa questão toda, podem ser aplicados os estudos, as teses e os ensinamentos da sociologia. 

O homem é social não apenas porque depende de outros para viver, mas porque os outros influenciam na maneira de conviver e naquilo que fazemos. É um ser social porque é frágil demais para viver sozinho. No entanto, sua maior desgraça reside no fato de que ainda não aprendeu a viver em sociedade.

O homem é produto do meio ou o meio é produto do homem? O homem é produto do meio, pois cumpre as regras impostas pela sociedade. É mais influenciado pelo meio do que pelo próprio homem.  

Os fatos sociais existem e atuam sobre as pessoas independentemente de suas vontades. Há uma consciência coletiva, pois em sociedade todos pensam a mesma coisa. 

Os desiguais deverão ser tratados desigualmente, pois o homem tem reações imprevisíveis. Nem tudo é possível ser controlado pelas leis e regras. Cada sociedade evolui de forma diferente. Nem todas merecem ser desenvolvidas. Os fenômenos tem de ser compreendidos dentro da realidade, pois ele é o ator do fato social. 

Nesse contexto, a considerar o momento histórico e político nacional, parece que tanto os governantes quanto as elites que o influenciam, não tem noção destas regras básicas do comportamento social. A mídia, muito menos. Deixa a impressão de estar a serviço do governo que, ao que tudo indica, dirige os destinos da nação de forma ditatorial. Reflexo desse contexto se traduz nas pesquisas prévias das intenções de voto para a próxima governança. Além de não existir uma facção que governa e mereça a confiança da sociedade, esta busca no criticado passado a solução para suas mazelas. 


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