Intenção da Administração Municipal é suspender o leilão que está em andamento e adquirir o imóvel pelo preço de avaliação. Prédio bancário receberia algumas ampliações e o atual espaço da Prefeitura passaria a obrigar uma creche central, com intuito de zerar a falta de vagas para as crianças. Segundo o prefeito Wilson Trevisan, meta é acabar com os alugueis pagos pelo Poder Executivo
O prefeito de São Miguel do Oeste, Wilson Trevisan, decretou na última sexta-feira, dia 10, área de utilidade pública o imóvel do Banco do Brasil, onde funcionava o antigo Besc. O terreno está localizado no centro da cidade, na esquina entre a Avenida Getúlio Vargas e a Rua XV de Novembro. A Gerência da instituição foi oficiada da decisão na segunda-feira (13).
O prefeito relata que, ainda no ano passado, entrou em contato com a instituição, expondo o interesse em adquirir a área. Mesmo assim, o imóvel foi colocado em leilão. No ofício enviado à Gerência do Banco do Brasil, o Município solicita a suspensão do certame e expressa o interesse em adquirir o imóvel pelo preço de avaliação, de R$ 2.158.000,00. Caso as negociações não avancem o município pode exercer o direito de compra, decretando a desapropriação do lote.
De acordo com Trevisan, a intenção da Administração Municipal é utilizar o imóvel para construção de um novo Centro Administrativo. Já o prédio onde funciona atualmente a Prefeitura, inicialmente projetado para ser um hospital, deve ser reformado e se transformar em uma creche. Conforme Trevisan, o prédio bancário tem aproximadamente 600 metros quadrados e foi totalmente reformado há poucos anos pelo Banco do Brasil, podendo abrigar grande parte da estrutura administrativa.
O intuito é ampliar o espaço para receber outros órgãos ligados à Prefeitura, a exemplo do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Conselho Tutelar, entre outros, que não têm sede própria, com o objetivo de zerar os alugueis pagos pelo Executivo. “Quando assumimos a Administração Municipal, pagávamos cerca de R$ 90 mil por mês em alugueis. Já diminuímos este valor pela metade. Com mais esta ação, vamos zerar esta despesa e também acabar de vez com o problema da falta de vagas em creches”, salienta.
O prefeito frisa que a medida significa um investimento a longo prazo. “Com essa medida vamos eliminar mais uma despesa. A ideia é pegar esse dinheiro do aluguel e pôr em investimento, na educação, infraestrutura, nas comunidades do interior, nos bairros, em remédios. Se eu tiver mais R$ 50 mil para investir todo mês, vou poder fazer um melhor trabalho para o cidadão de São Miguel do Oeste. Acabou o tempo do prefeito pensar só no mandato dele. Com esses R$ 2 milhões eu poderia fazer muitas obras, asfalto. Só que, com o que vou fazer ali, vamos sair de uma despesa. E essa despesa eu posso depois fazer o investimento, eu ou outro prefeito. Quero ser um prefeito que age de forma mais estadista do que pensando em seu mandato apenas. Pensando sempre no município como um todo”, conclui.
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