Finalmente a justiça está feita. Sem Sergio Moro, sem STF, sem Polícia Federal, sem coxinhas, sem classe média, sem imprensa, sem ninguém
NADA
A LAMENTAR, TUDO A COMEMORAR!
Finalmente
a justiça está feita. Sem Sergio Moro, sem STF, sem Polícia Federal, sem
coxinhas, sem classe média, sem imprensa, sem ninguém. Apenas um reles
empresário brasileiro, com nome “nativoamericano” sem sobrenome. Só ele poderia
colocar as coisas nos seus devidos lugares, abrindo ainda mais o buraco em que
meteram o Brasil, para que coubesse também a classe empresarial.
Que vivam os salvadores da pátria que sustentam o povo com míseros salários. Que vivam os empresários que querem a extinção das leis trabalhistas e a criação de leis soneguistas. Que vivam os colocadores de impostômetros que retém os impostos pagos pelo povo, não os repassam ao governo e reclamam pedindo benesses.Bem feito para nós, idiotas, que saímos às ruas vestidos de verde e amarelo, batendo panelas e gritando pelo fim da corrupção. Bem feito mesmo, pois agora descobrimos que não são só políticos os corruptos. Têm empresários e dirigentes atolados até as orelhas no lodaçal que quiseram enxugar. Bem feito!
A JBS, maior exportadora de carne bovina do mundo, doou a políticos o equivalente a 18,5% do dinheiro que tomou emprestado do BNDES. Entre 2005 e 2014, a empresa tomou R$ 2,5 bilhões emprestados do banco estatal e, desde 2006, doou R$ 463 milhões, o equivalente a 18,5% do valor emprestado.
O Grupo JBS faturou em vendas R$ 92 bilhões em 2013. Desde 2006, o grupo figura entre um dos maiores doadores individuais de campanhas políticas do Brasil. Em 2010, a JBS ficou em terceiro lugar, com R$ 63 milhões. Em 2014 foi a maior doadora, seguida da construtora Odebrecht, que doou R$ 111 milhões, e do Bradesco, com doações de R$ 100 milhões.
Para efeito de comparação, a Odebrecht, segunda colocada no ranking de doações neste ano, doou 22% de seu lucro líquido em 2013, que foi de R$ R$ 490,7 milhões. O Bradesco, terceiro colocado, doou apenas 0,83% de seu lucro líquido em 2013, que foi de R$ 12 bilhões.
BEM FEITO!
Que empresa normal poderia dispor de tanto dinheiro para
doar a tantos políticos? De onde vem todo esse dinheiro?
Vocês leitores ainda deslumbrados com o
fora Dilma, fora PT, acham que vem do lucro que os empresários, caridosamente,
oferecem para financiar campanhas políticas?
Ledo engano! Esse dinheiro todo vem dos
impostos que estão embutidos em cada grama de carne e outros produtos, vendida
aos trouxas, que são sonegados. São impostos municipais, estaduais, federais,
contribuições previdenciárias, contribuições ao FGTS e outros, que não são
pagos e vão parar no bolso de bandidos travestidos de benfeitores da sociedade.
Bem feito!
BEM FEITO!
Bem feito para nós
que todos os dias damos de cara com o impostômetro colocado no calçadão,
acreditando que realmente a carga tributária é excessiva. Mal sabemos que boa
parte dos impostos cobrados pelos empresários, a exemplo da JBS, Odebrecht e
Bradesco, que estão embutidos no preço das mercadorias e dos serviços, não
passa pela contabilidade do ridículo equipamento e muito menos vão parar nos
cofres públicos. Mal sabemos também que a energia elétrica consumida pelo
equipamento é paga por nós, que pagamos iluminação pública inclusive aquela que
mantém o próprio aceso. Bem feito, mais uma vez.
BEM FEITO!
Bem feito para nós, que sob o manto da geração de meia dúzia de empregos com salários aviltantes, acreditamos que realmente a CLT precisa ser extinta, que o trabalho precisa ser terceirizado, que a previdência social tem que dar lucro, que o trabalhador se aposenta muito cedo, que o bolsa família só faz criar vagabundos, bem feito! Vamos então apoiar o Sistema “S” (Sebrae, Sesc, Sesi, Senac, Senai, Senar, Sescoop, Sest e Senat), que aplica melhor o dinheiro arrecadado, principalmente no financiamento das constantes viagens de seus dirigentes e prepostos em direção aos principais destinos turísticos.
A Receita Federal repassou em 2016, R$ 16
bilhões para essas entidades. Quem mais recebeu foi o Sesc, com R$ 4,6 bilhões
e o Sebrae com R$ 3,1 bilhões. E vocês leitores ainda acham muito alguns
trocados para os políticos?
Por lidarem com recursos arrecadados pelo governo, as entidades do sistema “S” deveriam comprovar a destinação das verbas e o atendimento do interesse público. Em 2016, o Tribunal de Contas da União alertou que nem todas essas entidades tinham sistema de auditoria (que confere a veracidade e qualidade das informações) interna e externa e que faltavam em algumas delas, informações sobre o oferecimento de cursos gratuitos e detalhes sobre licitações.
Outro ponto que desperta críticas é o percentual de cursos gratuitos oferecidos pelas entidades. A cobrança de mensalidades afasta pessoas sem recursos que precisam se capacitar e coloca em xeque o interesse público que justifica o repasse de verbas. Em outubro de 2016, o senador Ataídes de Oliveira apresentou um projeto de lei que destina 30% dos recursos arrecadados para as entidades do Sistema S à Seguridade Social. A chance de aprovação é pequena, dado o forte lobby que as entidades exercem sobre deputados e senadores.
SANTOS DE PAU OCO
As imagens assim
esculpidas, destinadas a levar o ouro brasileiro para Portugal, podem designar
os políticos catarinenses agraciados com os trocados da JBS.
De onde saiu o dinheiro para financiar as
campanhas políticas? Não há outra fonte que não seja a exploração dos
integrados da Seara, das prefeituras municipais seguidoras das políticas de
fumaça de trator e esterco de galinha. Deixam faltar remédios para fazer uma
terraplanagem para galinheiro e chiqueiro, imaginando que beneficiam o
integrado, quando na verdade beneficiam a empresa.
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