A startup chinesa de IA DeepSeek colocou em xeque algumas das principais big techs norte-americanas, como Nvidia, Microsoft e Meta
Metrópoles
Última atualização: 2025/01/28 2:14:44Responsável por um verdadeiro terremoto no mercado de ações de tecnologia nos Estados Unidos na segunda-feira (27/1), a startup chinesa de inteligência artificial (IA) DeepSeek colocou em xeque algumas das principais big techs norte-americanas – como Nvidia, Microsoft e Meta – e levantou dúvidas sobre o futuro do setor em todo o mundo.
O que aconteceu
Recentemente, os EUA proibiram a exportação de tecnologias avançadas de semicondutores para a China e limitaram vendas de chips de IA da Nvidia como forma de tentar conter o avanço do gigante asiático.
A primeira vantagem competitiva da startup envolve custo e eficiência. A empresa anunciou ter desembolsado cerca de US$ 6 milhões (o equivalente a R$ 33 milhões) para desenvolver seu modelo, um valor mais de 10 vezes inferior ao que foi gasto pelas big techs dos EUA.
O aplicativo da startup chinesa de IA está disponível gratuitamente no Brasil e é muito semelhante ao ChatGPT.
Não há limite de mensagens que podem ser trocadas com o chatbot. O modelo oferece mais de 70 idiomas, entre os quais inglês, chinês, francês, espanhol e português.
Ao contrário do ChatGPT, o DeepSeek não oferece o recurso de interação por voz. Ao receber a resposta do chatbot, o usuário pode solicitar mais informações e fazer perguntas adicionais pela caixa de texto.
O modelo oferecido pela DeepSeek em sua plataforma de IA é o DeepSeek-V3, uma espécie de “cérebro” que comanda o sistema. A ferramenta foi lançada em dezembro do ano passado e, em algumas tarefas, é considerada até mais eficiente do que o GPT-4, do ChatGPT.
Assim como acontece com o ChatGPT e outros concorrentes, o DeepSeek não está imune às “alucinações” – eventualmente, pode fornecer alguma informação incorreta.
A empresa diz, em uma mensagem logo abaixo da caixa de texto, que o conteúdo gerado por IA deve ser usado “apenas como referência”. Em seus termos de serviço, a DeepSeek reconhece que as respostas “podem conter erros ou omissões”.
“Especificamente, ao usar este serviço para consultar sobre questões médicas, legais, financeiras ou outras questões profissionais, esteja ciente de que este serviço não constitui nenhum aconselhamento ou compromisso e não representa as opiniões de nenhum campo profissional”, diz a startup.
“Se você precisar dos serviços profissionais relacionados, deve consultar profissionais e tomar decisões sob sua orientação.”
A DeepSeek informa ainda que as informações dos usuários podem ser compartilhadas, inclusive, para publicidade. Além de dados como nome, endereço de IP e e-mail, a plataforma coleta outras informações.
“Podemos acessar, preservar e compartilhar as informações descritas em ‘Quais Informações Coletamos’ com autoridades públicas e policiais, detentores de direitos autorais ou outros terceiros, se acreditarmos de boa-fé que isso é necessário para cumprir a lei”, diz a startup.
A orientação é não compartilhar dados sensíveis na plataforma.
O fundador da DeepSeek é Liang Wenfeng, um gestor de fundos que atua no setor de finanças e tecnologia.
A equipe fundadora da empresa era formada, principalmente, por jovens recém-formados nas melhores universidades chinesas, entre as quais Tsinghua e Peking.
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