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O que falta para São Miguel do Oeste?

Com mais de seis décadas de emancipação, o município de São Miguel do Oeste se tornou a cidade polo do Extremo-oeste, com índices positivos na qualidade de vida e considerada um dos melhores municípios para se viver. Mas o que ainda falta para São Miguel do Oeste??

Última atualização: 2018/02/16 9:33:36

Após 64 anos de emancipação político administrativa, São Miguel do Oeste se tornou a cidade polo do Extremo-oeste. Com base em dados do IBGE e do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o município é considerado um dos melhores em qualidade de vida. Mas o que ainda falta? Tentando responder a essa pergunta, ouvimos lideranças políticas e de entidades, além de pessoas nas ruas, o que, na visão delas, falta para São Miguel do Oeste.




Wilson Trevisan, prefeito

“São Miguel do Oeste avançou muito nesses 64 anos, mas ainda tem muita coisa a fazer. Vejo que uma das coisas que temos dificuldades é a mobilidade. Não a mobilidade urbana da cidade, mas do município estar melhor interligado por rodovias estaduais e federais a outros centros. Assim como o aeroporto, que daria mais um processo de mobilidade. Acontecendo isso ajudaria muito São Miguel do Oeste “deslanchar”. Mas hoje São Miguel do Oeste tem muita qualidade de vida, tem segurança acima da média estadual, inclusive. IDH é muito bom, os índices são muito bons. O que a gente precisa é continuar lutando. A nossa ideia é deixar São Miguel do Oeste preparada para receber investimentos. A primeira parte para o município estar preparado para receber investimento é estar com as contas em dia. Nós trabalhamos o ano inteiro para acertar isso. E vamos levar ainda esse ano todo para diminuir o endividamento de curto e médio prazo. Nós assumimos a administração com R$ 11 milhões de dívidas de curto e médio prazo e encerramos o ano com menos de R$ 7 milhões. Temos que diminuir bastante esse endividamento de curto e médio prazo para poder buscar investimento e investir em setores relevantes para infraestrutura, que é o caso de aeroporto, áreas industriais, construir parques e praças, dar qualidade de vida para as pessoas”.








Cesar Signor, presidente da Acismo“Acho que precisamos de mais forças políticas, representatividade. Até temos políticos da nossa região, tanto a nível estadual, quanto federal. Não sei se não têm força ou se não querem, que pensassem mais na nossa região. Principalmente nesses problemas que são recorrentes, de hoje, amanhã, daqui 10 anos, que são rodovias e recursos que sempre se demanda de força política deles. Às vezes as coisas não acontecem ou demora demais. As coisas são muito morosas, parece que temos que implorar para conseguir alguma coisa, não é um processo natural. E quando ainda vem um recurso, são amarrados. Tem que ser usado em um ginásio, por exemplo, quando não teria necessidade ou reivindicações mais urgentes. São essas coisas que estão erradas e acho que precisa de mais vontade. E a questão das industrias ou comércio de potencial grande para gerar mais emprego no município”.






Solani Balbinot, presidente da CDL“São Miguel do Oeste é um lugar bom demais para se morar, mas sempre é possível melhorar. Acredito que precise da chegada de mais indústrias. Para empregar mais gente, gerar mais empregos que, indiretamente, beneficiam o comércio também. Acho que também precisamos de maior envolvimento da comunidade. Nós, como população, precisamos participar mais, fazer a nossa parte e não esperar tudo do poder público, dos governantes. Cito a questão do lixo, se cada um faz a sua parte de dar o destino adequado, tudo se resolve. Portanto, acho que o que precisamos é de mais industrias e mais envolvimento da comunidade”.


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Daniela Both, contadora
“Acho que está faltando segurança. Todo final de semana se ouve roubos em casas e veículos. Ontem também uma amiguinha da Carol (filha adolescente) indo para o colégio foi abordada por uma pessoa às 7h da manhã. E ela mora a 10 minutos do colégio. Só conseguiu escapar porque deu uma cotovelada no homem. Não dá para deixar elas andarem sozinhas pela cidade. Ela (filha) já me relatou casos de quando estava indo para a Fisk, de gente abordando e falando. A gente não sabe a intenção deles, mas quando aborda e mexe, boa intenção não tem”





Gleice Koop, comerciante“Eu acho que para uma cidade de quase 40 mil habilidades, São Miguel tem o básico que precisamos. Seria ser muito exigente se dissesse que falta alguma coisa aqui. Boas escolas, universidade, comércio super diversificado. Aprendi a amar essa cidade que nos acolheu com tanto carinho, assim, do jeitinho que ela é. Um hospital oncológico completo que oferecesse todas as condições dignas para quem sofre com essa doença tão agressiva como o câncer. Eu que já perdi alguém importante com essa doença, sei que isso é essencial pra quem passa por isso”.




Tiago Sabedott, empresário“Em São Miguel do Oeste falta reformular um pouco o plano diretor do município, pois em bairros nobres, onde se pode construir não há liberação para instalação de comércio, pois limita as pessoas a morar nesses locais e buscar os serviços apenas no centro. Isso faria com que a cidade crescesse para outras áreas. Isso, na minha opinião, precisaria mudar”.

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