Após ser absolvido do primeiro pedido de impeachment, governador de SC apresentou as ações tomadas, até o momento, e anunciou o que promete para os dois anos restantes de mandato
O governador Carlos Moisés (PSL) concedeu uma entrevista coletiva, nesta sexta-feira (27), na Casa da Agronômica, em Florianópolis, após absolvição do Tribunal Misto, e tratou de apontar as medida adotas pelo seu governo, até o momento.
Além disso, Moisés falou sobre as ações que pretende adotar, anunciou três mudanças nas principais pastas do governo e conversou sobre a possibilidade de um novo lockdown.
“Hoje é um dia histórico para Santa Catarina. Um dia muito importante porque a justiça e a verdade foram estabelecidas”, disse Moisés no início da entrevista coletiva.
Após uma breve fala, Moisés apresentou alguns feitos do seu governo, por exemplo, a aprovação das contas, por unanimidade. Assim como o destaque de “gestão mais eficiente do Brasil”, com pontuação máxima.
Em seguida, o governador iniciou uma fala do que pretende fazer no seu retorno, a partir de segunda-feira (30). Segundo ele, a visão do mandato é pensar nos próximos 20 ou 30 anos. “Quem não planeja, não sabe para onde vai”.
Segundo Moisés, a expectativa é investir R$ 1,7 bilhão no planejamento hídrico para garantir disponibilidade continua de água para as pessoas e setores produtivos de SC.
“Nós pretendemos dobrar a nossa geração de água e aumentar em 40% a capacidade de reservação de água. Assim como 30% de água tratada para os centros e pecuária”, explicou.
Além disso, Moisés afirmou que andou conversando com alguns deputados do Oeste de Santa Catarina sobre as crises hídricas enfrentadas na região. Ele disse que deve visitar a região, na próxima semana, para adotar algumas medidas para resolver o problema.
Retomada da economia
Moisés iniciou lembrando seu último ato antes do afastamento, no dia 23 de novembro, quando criou o Fundo Garantido do Estado, onde foi ejetado cerca de R$ 164 milhões.
Infraestrutura
Moisés destacou a importância da infraestrutura por motivar a movimentação de outras cadeias produtivas, por exemplo, segurança no transporte e logística.
Segundo o governador, no início do seu mandato, cerca de 74% das rodovias apresentavam situações ruins ou péssimas e pretende recuperar a malha rodoviária catarinense.
“Temos muitos projetos para trabalhar na concessão dos 19 aeroportos regionais. Estamos investindo, em alguns deles, para dar condições de operação”, completou.
Após finalizar a apresentação, Moisés destacou a importância da imprensa em informar os catarinenses sobre as ações e medidas adotadas pelo governo estadual. Em seguida, ele ficou à disposição para responder as perguntas.
Troca de nomes
Carlos Moisés adiantou que Eron Giordani, que atuava como chefe de gabinete do deputado Julio Garcia (PSD), ocupará a pasta da secretaria da Casa Civil.
Além disso, Alisson de Bom de Souza volta à chefia da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) e Jefferson Douglas assume a Secretaria de Comunicação. Assim como Juliano Chiodelli retomará ao cargo de secretário-adjunto da Casa Civil.
Lockdown
O governador descartou o lockdown e disse que a vacina deve ser coordenada pelo governo federal.
Além disso, anunciou que se reunirá com prefeitos neste sábado (28) para discutir ações de combate ao vírus.
Moisés disse que o foco será reestruturar o atendimento. “Hoje são 190 leitos desabilitados. Eles fazem falta. Se nós tivemos esses leitos ativados, teríamos só 70% de ocupação”, disse. Ele garantiu que o Estado pagará aos hospitais pelo funcionamento dos leitos para garantir o serviço.
Diálogo
Muito criticado pela falta de diálogo com o legislativo e outros poderes, Carlos Moisés prometeu que estará aberto para conversas e dividir as responsabilidade com o parlamento.
Após ser questionado sobre a atuação de Daniela Reinehr, Moisés disse que prefere não comentar e que irá conversar com o restante do governo sobre eventuais correções de algum ato.
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