nessa edição vamos ter a Karis Brunetto Cozer formada em Jornalismo e fascinada em viagens…lê tudinho aí que ela tem muita coisa legal para nos contar…
O que te levou a querer conhecer outros lugares? Qual foi a sua primeira viagem?
Sempre tive vontade de conhecer outros países, quando eu assistia a um filme ou reportagem na TV, sentia uma sensação muito grande de familiaridade com determinados lugares, como se eu já tivesse estado lá. É um sentimento difícil de explicar. Esse desejo aflorou ainda mais durante meu primeiro ano de faculdade, quando eu decidi fazer meu intercâmbio, para os Estados Unidos. Foi essa minha primeira viagem, e eu fiquei seis meses morando, trabalhando e estudando na região de Orange County (The O.C.), na Califórnia.
Como foi o planejado essa viagem?
O programa Work Experience, é oferecido por quase todas as agências de intercâmbio. Não é possível fazer os trâmites da viagem sem um sponsor americano, e quem fornece toda documentação é a agência. No programa você trabalha para conseguir se manter financeiramente e o visto é de trabalho temporário. Eu trabalhava em um hotel e duas vezes por semana eu fazia um curso de inglês para estrangeiros na universidade local. O processo todo de pré-embarque levou em torno de três meses e foi fácil. Mas só foi possível porque eu tive essa viagem paga pela minha mãe e meu padrasto, pois na época meu estágio na faculdade não era remunerado. Em 2008/2009 eu repeti esse mesmo intercâmbio e fui para o mesmo local. Esse tempo que passei nos EUA foi o período mais emocionante da minha vida.
O que é preciso para poder viajar para fora do país? Documento, visto, saber outro idioma?
O mais importante é o planejamento e muita pesquisa. Saber outro idioma facilita muito. Aqui, na América do Sul, temos a sorte de partilharmos idiomas parecidos. Mas, em todos os outros lugares, o inglês realmente ajuda, mesmo nos países onde o idioma é outro. Excetuando-se em casos de intercâmbio de trabalho e alguns de estudo, você pode sim viajar sem saber falar inglês, não é obrigatório. Nem todos os países exigem visto e alguns só exigem em casos de permanência superior a 3 meses. Alguns exigem vacina contra a Febre Amarela; eu precisei do certificado da Anvisa para viajar para a África e Aruba. Outros destinos exigem um seguro de saúde apropriado, passagem de volta, comprovante de recursos financeiros e de hotel. É importante ter a assessoria adequada para não correr o risco de embarcar e não conseguir passar pela imigração no país de destino e só se deve viajar por conta própria quando se tem certeza de todas as regras e do que deve ser feito.
É muito caro viajar?
Todo mundo pode viajar se houver planejamento e estabelecer a viagem como uma prioridade. Viajar sem gastar demais exige paciência e muita pesquisa. E tudo depende do estilo de viagem que a pessoa quer fazer. Passagens promocionais são muito frequentes em diversos canais de venda, como o @passagensimperdiveis. Se você aceitar se hospedar em albergues e hoteis mais em conta, ou se hospedar pelo AirBnB, andar de metrô, trem e Uber, aceitar que não irá poder comprar todas as coisas que sentir vontade e nem comer nos restaurantes mais luxuosos, toda e qualquer viagem pode ser ajustada de acordo com o seu orçamento. No nosso caso, o que mais pesa são as passagens e a cotação de algumas moedas estrangeiras, principalmente o dólar. Para quem não tem muita grana, acaba surgindo a necessidade de economizar mais na hospedagem e nas compras.
Qual o lugar mais marcante que já conheceu?
É difícil estabelecer um. Eu conheço um ou mais países em quase todos os continentes, só não fui para a Oceania. Se tivesse que estabelecer as cinco melhores viagens, seriam: meus dois intercâmbios para a Califórnia, minha viagem para a Patagônia e Ushuaia com o Amauri, meu namorado, Tailândia, Itália e Aruba com os meus amigos.
O que essas viagens agregaram a sua vida?
A certeza de que é preciso muitas vidas para conhecer tudo que a Terra oferece de rico e valioso. A existência de Deus é incontestável quando nos deparamos com a imensidão do planeta. Os povos da África, Camboja, Tailândia e Vietnã me ensinaram muito sobre humildade. Os americanos sobre amor à pátria e honestidade. Itália, antiga, e Cingapura, moderníssima, são países organizados e receptivos. Os Emirados Árabes é um lugar muito belo, mas evidencia um triste contraste mundial, e esconde muita injustiça. A América Central e do Sul me ensinaram como somos um continente encantador e cheio de lugares maravilhosos. Sem esquecer do nosso Brasil, que também é magnífico e já me proporcionou belas recordações. O contato com o outro, especialmente o outro tão diferente de nós, nos engrandece. Principalmente se soubermos respeitar as diferenças que carregamos, se respeitarmos as pessoas como são e se aceitarmos que, aos olhos de Deus, somos uma só nação.
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