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O vinho e as mulheres

Da série acredite se quiser: houve um tempo em que era proibido, às mulheres, beber vinho.

Última atualização: 2018/03/02 9:43:54


Da série acredite se quiser: houve um tempo em que era proibido, às mulheres, beber vinho.

Registrado na grande obra História Natural, do escritor romano  Caio Plínio Segundo (23 – 79 d.C), conhecido como Plínio, o Velho, obra que tem importância fundamental por registrar a vida da epóca. Pois neste livro estão registrado os seguintes fatos:

Um homem que assassinou sua esposa por ela ter bebido vinho, e foi absolvido do crime.

Uma moça que quebrou a fechadura  do armário onde estavam as chaves da adega, e foi condenada, pela família, a morrer de fome.

Um juiz que estabeleceu uma multa a uma mulher que bebeu, sem o conhecimento de seu marido, uma quantia de vinho maior do que a justificável por questões medicinais.

Tem ainda mais curiosidades. Existia uma lei intitulada ius osculi, que era  a lei do direito do beijo. Registros estes das escrituras romanas. Por este direito os homens podiam beijar as mulheres da família com a justificativa de verificar se havia cheiro de vinho nas suas bocas! Tudo isso em nome do bom comportamento feminino. Acreditava-se que a mulher era mais fraca e sob o efeito do vinho poderia ficar menos virtuosa e mais indecorosa. Isso já dá uma boa discussão nos tempos modernos.

Mais fracas para a bebida somos mesmo. Nosso metabolismo reage diferente, aos efeitos do álcool, mas daí a considerar que não podemos beber tem um longo caminho. Verdade seja dita, nestas mesmas escrituras esta registrado que o vinho era vedado aos jovens e aos escravos. Sábio conselho este dos jovens.

Curiosidades a parte, a atitude mais inteligente em relação ao álcool, seja ele do vinho ou de qualquer outra bebida é a parcimônia. Este é o segredo! E as mulheres e os jovens continuam no grupo de maior atenção, por características naturais de sua constutição.

Por outro lado, o mundo do vinho ganhou muito valor quando passou a admitir as mulheres.

Hoje é comprovado, por exemplo que a superfície da língua feminina tem maior número de papilas gustativas do que a língua masculina, e por esta razão as mulheres, em geral, tem maior potencial como  avaliadoras de vinhos. O mercado de vinho hoje está muito mais feminino, e isso no lado produtor e vendedor. Mais enólogas, donas de vinícolas, sommelieres, vendedoras de vinho. Faltam ainda mais mulheres no pódio consagrado das Master Wines, na direção dos grandes painéis de avaliações internacionais, e faltam mais consumidoras. Mas isso já é assunto para outra semana!

Parabéns mulheres de  atitude, que mudam o mundo, mesmo que lentamente!


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