Apesar dos leitos de UTI serem ocupados por pacientes com diversas doenças, a Dive alertou para um aumento de casos e mortes por covid-19 em SC
A taxa geral de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) – que leva em conta todos os leitos, desde adulto, pediátrico e neonatal – está acima de 90% em três regiões de Santa Catarina. Com 206 vagas disponíveis no Estado, o índice de ocupação geral dos leitos é de 83,9% no Estado. Dos 1.283 leitos de UTI ativos nos hospitais da rede pública, 1.077 estão ocupados.
Os dados constam no Painel de Leitos de UTI SUS que é atualizado diariamente pela SES (Secretaria de Estado da Saúde, sendo que nesta quinta-feira (14), foi atualizado às 11h. Os números não são absolutos, tendo em vista que a situação muda com frequência, devido a rotatividade de pacientes, conforme explica a SES em comunicado fixado no painel. “O indicador de taxa de ocupação é virtualmente inferior a taxa de ocupação real, devido a rotatividade de pacientes”, diz o comunicado.
Segundo a assessoria da Secretaria de Saúde, não há uma causa específica da alta demanda por leitos de UTI, em Santa Catarina. A ocupação dos leitos é causada, conforme a equipe da pasta, por pacientes com doenças diversas.
Regiões de SC têm mais de 90% dos leitos de UTI ocupados
Das três regiões com maior taxa de ocupação, o Oeste catarinense é a que possui o maior número de vagas ocupadas. Dos 85 leitos ativos nos hospitais da região, 83 estavam ocupados e havia apenas duas vagas disponíveis. Com isso, a taxa de ocupação é de 97,6%.
Logo na sequência aparece Planalto Norte, com 94,7% dos leitos ocupados e com 15 vagas disponíveis nos hospitais da região. A terceira região com maior taxa de ocupação é a Grande Florianópolis, aonde 94,5% dos leitos estão ocupados e há 12 vagas na UTI.
Em contrapartida, a região Sul é a que tem a menor taxa de ocupação, com apenas 65,7% dos leitos ocupados. Outros 59 estão disponíveis nos hospitais da região.
Na sequência aparece o Vale do Itajaí, com 69,8% das UTIs ocupadas. Por lá, há 75 leitos vagos, o maior número de vagas disponíveis no Estado. No Meio-Oeste e Serra catarinense a ocupação é de 82,5%, com 32 vagas disponíveis. Já em Foz do Rio Itajaí, 87,9% dos leitos estão ocupados e há 11 vagas disponíveis.
Duas regiões não têm vagas disponíveis na UTI Adulto
Quando analisado apenas os leitos de UTI destinados aos adultos a situação é ainda mais preocupante. Pois, duas regiões estão sem vagas disponíveis: Oeste catarinense e Vale do Rio Itajaí.
Dos 861 leitos de UTI Adulto em Santa Catarina, 780 estão ocupados e há apenas 81 vagas disponíveis. A taxa de ocupação geral dos leitos de UTI Adulto é de 90,5% no Estado.
A região Sul é a que apresenta o menor índice de ocupação das UTIs adulto, com 74,5% dos leitos ocupados.
Das 81 vagas disponíveis na UTI adulta, 29 ficam na região Sul; 17 no Meio-Oeste e Serra catarinense; 22 no Vale do Itajaí; sete na Grande Florianópolis e seis no Planalto Norte e Nordeste.
Apesar da alta nos leitos de UTI não ter uma causa específica, uma vez que são ocupados por pacientes de doenças diversas, a covid-19 voltou a preocupar em Santa Catarina. Isso porque, a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado) emitiu um alerta para o aumento de casos e mortes causadas pela doença no Estado.Pelos dados do painel de leitos, havia pelo menos 12 pacientes internados por conta da doença.
Em Santa Catarina, segundo dados da Dive, atualizados na última segunda-feira (11), aumentou o número de mortes entre outubro (21) e novembro (43). Neste ano, 293 pessoas morreram em decorrência da doença no Estado.
Já as internações, conforme a Dive, são, principalmente, de pacientes idosos, com comorbidades, ou pessoas que que ainda apresentam esquema vacinal incompleto, com doses de reforço em atraso.
A Dive ainda aponta que o Estado tem registrado um aumento de casos. Neste ano já foram confirmados mais de 48 mil casos de covid-19. O aumento nos diagnósticos é registrado, conforme a pasta, desde o fim de outubro.
Somente entre outubro e novembro deste ano, foram registrados 17.204 novos casos de Covid-19, no território catarinense. Apesar da alta nas confirmações, os casos ativos tem diminuído, passando 7.708 em outubro para 6.519 em novembro. Também tem diminuído as internações hospitalares por conta dos casos graves da doença, que caiu de 520 em outubro para 403 em novembro.
Catarinenses devem reforçar os cuidados
Com o alerta de aumento no número de casos, a Dive orienta que a população catarinense deve reforçar os cuidados de prevenção. Por isso reforça a importância da vacinação e da atualização das doses de reforço. Está uma das principais medidas de precaução sugerida pela Dive. Também orienta para cobrir o nariz e a boca com o antebraço ao tossir ou espirrar.
“Todas as medidas de contenção da transmissibilidade da doença continuam sendo recomendadas, é preciso manter constantemente a higienização das mãos. Se não for possível lavar com água e sabão, é importante utilizar álcool em gel 70%”, alerta Fábio Gaudenzi de Faria, superintendente de vigilância em saúde.
Fonte: ND+
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