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Padre Edivandro Frare comenta novo papa e discute possível criação de diocese em São Miguel do Oeste

Em entrevista, padre Edivandro Frare comenta a eleição do Papa Leão XIV, discute a possibilidade de criação de uma nova diocese em São Miguel do Oeste e reforça ações da Igreja junto à juventude

TVGC - Douglas Backes

Última atualização: 2025/05/16 11:27:15

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Durante participação em um podcast nesta quarta-feira (14), o padre Edivandro Frare, da Paróquia São Miguel Arcanjo, comentou a recente eleição do Papa Leão XIV e abordou a possibilidade de criação de uma nova diocese com sede em São Miguel do Oeste. A entrevista também tratou de ações voltadas à juventude e dos desafios da Igreja frente à modernidade.

Sobre o novo papa, Robert Francis Prevost, padre Edivandro destacou sua trajetória simples, missionária e próxima do povo. “É um papa assim, me parece muito popular. A impressão que se tem é de alguém com os pés no chão e, ao mesmo tempo, com uma bagagem respeitável”, afirmou. O religioso também ressaltou a sensibilidade do novo pontífice em relação aos desafios mundiais e à comunicação. “Ele pediu para que a comunicação seja desarmada. Falou em liberdade de expressão, mas que não seja ferramenta para potencializar o ódio, a vingança, a guerra, a violência”, explicou.

Um dos pontos centrais da entrevista foi a discussão sobre a possível criação de uma diocese em São Miguel do Oeste. Padre Edivandro explicou que a proposta surge da necessidade de aproximar a estrutura da Igreja das comunidades do Extremo-Oeste, diante da extensão territorial da Diocese de Chapecó. “Hoje, nessa circunscrição geográfica, temos cerca de 1,1 milhão de habitantes e 80 municípios, com distâncias de até cinco horas entre as pontas. Essa é uma das motivações”, afirmou.

Ele detalhou que, embora a criação de uma nova diocese seja um processo longo e dependa da aprovação do Vaticano, uma alternativa mais viável no curto prazo seria a criação de uma região episcopal. “Dom Odelir pode criar [a região episcopal] e tem autonomia para isso. O que não tem autonomia é dizer: aqui vai ter um bispo auxiliar. Isso depende da Santa Sé”, explicou.

Padre Edivandro também chamou atenção para os desafios internos dessa reorganização, como a redistribuição de padres e estruturas. “Essa divisão pode produzir feridas. Há uma relação canônica chamada incardinação, ou seja, a gente é ligado àquela diocese. A criação de uma nova estrutura precisa ser muito bem pensada”, ressaltou.

A entrevista também abordou o trabalho pastoral com os jovens. Padre Edivandro defendeu a necessidade de a Igreja se aproximar da juventude sem abrir mão de seus valores centrais. “Tenho convicção de que não são os jovens que se distanciam da Igreja. É a Igreja que se distancia dos jovens. Nós nos distanciamos da sua linguagem, dos seus locais”, afirmou. Ele destacou ações concretas, como peregrinações e acampamentos, incluindo um evento recente com mais de 100 jovens, que teve até balada sem álcool. “Nem tudo aquilo que é do mundo é ruim. É preciso discernir aquilo que fere a vida e a dignidade humana. O que promove a vida é do espírito de Jesus”, concluiu.

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