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Pais questionam decisão da prefeitura de Guarujá do Sul sobre transferência de alunos para escola rural

Comunidade escolar cobra diálogo e aponta falta de infraestrutura e riscos no deslocamento

TV GC

Última atualização: 2025/11/18 11:16:55

Foto: Divulgação

A reunião realizada na noite desta terça-feira (18), na Câmara de Vereadores de Guarujá do Sul, reuniu pais, professores e representantes da administração municipal, incluindo a prefeita Eliane Fanton e o vice-prefeito Celso Taube, para tratar da decisão de transferir alunos do 6º ao 9º ano para a escola rural. A maioria dos pais presentes se manifestou contrária à medida e apontou falta de diálogo por parte da gestão.

Segundo os representantes da comunidade escolar, a decisão foi anunciada sem consulta prévia aos pais, alunos e professores. Eles afirmam que foram apenas informados da mudança, sem possibilidade de participação no processo. Para o grupo, a discussão não envolve posicionamento político, mas a defesa do direito de participação cidadã e a necessidade de garantir condições adequadas para o ensino.

Os pais destacaram que a escola rural não possui infraestrutura compatível com o número de alunos que a cidade concentra. Salas menores, banheiros insuficientes e anexados a espaços inadequados, além da falta de estrutura para receber turmas do 6º ao 9º ano, foram pontos citados. Atualmente, a escola urbana conta com número maior de sanitários e espaços mais amplos, considerados por eles essenciais para atender à demanda.

Outro ponto discutido foi o deslocamento. A transferência exigiria mais ônibus escolares para transportar crianças entre cidade e meio rural, o que geraria gastos adicionais e, segundo os pais, desviaria recursos que poderiam ser aplicados diretamente na educação. Eles também manifestaram preocupação com as condições das estradas e com o estado dos veículos utilizados no transporte escolar, considerados sucateados por relatos apresentados na reunião.

A comunidade escolar argumenta que a decisão impacta não apenas a organização das escolas, mas o bem-estar e a segurança das crianças. Por isso, pede que a prefeita reconsidere a mudança e estabeleça diálogo para construir alternativas. Foram apresentadas sugestões para manter os alunos na escola urbana em 2026, incluindo o fracionamento de uma sala maior, utilização do laboratório de ciências como sala de aula, redução do espaço da sala dos professores e redirecionamento de recursos utilizados em materiais didáticos para construção de novas salas.

Os pais também questionaram o cumprimento de promessas do plano de governo relacionadas à educação. Segundo eles, a apresentação de novas promessas sem execução das anteriores gera insegurança e reforça a necessidade de um plano concreto e transparente de melhorias.
A comunidade afirma que continuará defendendo participação ativa nas decisões que afetam a educação municipal. Para eles, a revisão da medida é fundamental para garantir condições adequadas de ensino e preservar o bem-estar dos estudantes.

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