Cada vez mais acredito, que nada nessa vida aconteça por acaso. Nessa semana, a minha filha mais velha começou a traçar seus caminhos, seguir as suas escolhas. Momento este foi planejado, organizado e esperado. Mas quando essa hora se acontece na prática, dá uma boa “mexida” com a nossa estrutura.
Nas minhas passeadas pela internet, encontrei esse texto e achei extremamente oportuno para dividir com vocês. Importante ressaltar que não se fala de nenhuma técnica ou teoria psicológica. Nem ressalto a indicação ou não de cama compartilhada. Esse pode ser assunto para um outro momento. Mas quem já é mãe, certamente já vivenciou algo parecido em uma dessas “excursões”.
Ótima leitura! Ótima semana!
Para ler e se emocionar
A cama dos pais tem um imã e cá para mim (ninguém me convence ao contrário) tem uma magia soporífera, um misterioso pó de amor impregnado nas almofadas, faz com que os filhos adormeçam imediatamente e que o pior dos pesadelos, o mais trepidante terror noturno, fuja a sete pés.
Na cama dos pais, o último refúgio dos medos, a paz é absoluta e total.
Ali chegam, levados por pais extenuados e vencidos, ou pelos seu próprio pé, transpirados e assustados, passarinhos a voar de noite aos encontrões pelos corredores da casa, até chegarem ao lugar dos lugares. Dois colos com lençóis macios e o cheiro dos progenitores. Caem que nem tordos a dormir, apaziguados.
Os pais fingem que se importam, na manhã seguinte: “Lá foste tu para a nossa cama”… “Quando é que aprendes a ultrapassar os medos e a dormir sozinho?”… “ Tens de crescer!”
Mas nem olham muito nos olhos dos filhos quando dizem essas coisas, com medo que eles descubram que naquele breve regresso ao ninho, ao berço inicial, os pais se enchem de amor e ternura e também eles se confortam nas suas inquietações.
Um pescoço morno. Uma mãozinha gorducha no nosso cabelo. Um pé de regresso à costela da mãe. A respiração tranquila na fronha partilhada.
O desejo secreto que o ninho fique assim para sempre. E que amanhã demore muito a chegar.
Que o misterioso pó de amor das almofadas preserve para sempre essas excursões noturnas de mimo que não são mais que um inteligente prenúncio, de uma saudade imensa dos melhores dias desta vida.
– Rita Ferro Rodrigues
E como belo complemento, belas mães e suas filhotas amadas. Laços lindos esses.
Schirley e a pequena Isis
Greisie e Thamires
Fran e Livia
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