Investigação descobriu que pastores cobravam investimentos de fiéis em troca de retorno financeiro; um octilhão de reais é maior do que riquezas de todos os países
ND+ com Estadao
Última atualização: 2023/09/21 11:32:38Uma pastora de Jaraguá do Sul foi presa nesta quarta-feira, dia 20, em uma investigação da Polícia Civil do Distrito Federal sobre um golpe financeiro, comandado por um pastor de Brasília, que prometia “bênçãos” na casa de “um octilhão de reais” ou “350 bilhões de centilhões de euros”. A identidade da religiosa catarinense não foi revelada.
Segundo a Polícia Civil, a prisão da pastora faz parte da operação “Falso Profeta”, que cumpriu “dois mandados de prisão preventiva e dezesseis mandados de busca e apreensão, para combater organização que atua na prática de estelionato e outros crimes no Distrito Federal e em várias outras unidades da federação”.
A quantia de um octilhão de reais (1 seguido de 27 zeros) prometida pelo grupo é tão irreal, segundo a Polícia Civil do DF, que é maior do que o PIB mundial — a soma de todas as riquezas dos países — R$ 469 trilhões. O PIB do Brasil é de R$ 7 trilhões (sequência de 12 zeros).
Como funcionava o golpe?
A estrutura da quadrilha, conforme a Polícia Civil, era “hierarquizada e caracterizada pela divisão de tarefas, especializada no cometimento de diversos crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos por meio de redes sociais (fraude eletrônica)”.
Pastores usavam da fé para golpes, diz polícia
Quadrilha do ‘octilhão de reais’ movimentou R$ 156 milhões
Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu em Brasília um suspeito de envolvimento no esquema, após ele ter feito uso de documento falso perante uma agência bancária localizada na Asa Sul, simulando possuir um crédito de aproximadamente R$17.000.000.000 (dezessete bilhões de reais). Porém, mesmo após a prisão em flagrante desse indivíduo, à época o principal digital influencer da organização criminosa, o grupo continuou a aplicar golpes.
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