Além do golpe, organização previa assassinato de ministro do STF, monitorado continuamente pelos envolvidos
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Última atualização: 2024/11/19 8:33:34A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (19), a Operação Contragolpe, que busca desarticular uma organização criminosa responsável por um plano de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula, em 2022. Cinco pessoas foram presas — dentre elas, estão um policial federal e militares.
Segundo as investigações, o grupo usou conhecimento técnico-militar para desenvolver as ações entre novembro e dezembro de 2022, uma vez que a maioria dos investigados são militares, com formação em Forças Especiais. A operação foi denominada Contragolpe.
O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento dos mandados, que acontecem nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. São cumpridos três ordens judiciais para busca e apreensão, e 15 medidas cautelares diversas da prisão.
A Polícia Federal descobriu a existência de um detalhado plano de golpe de Estado, denominado “Punhal Verde e Amarelo”. O grupo pretendia, em 15 de dezembro, executar os candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República, eleitos meses antes — Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.
Também estava no planejamento do grupo, a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado.
Segundo a polícia federal, o planejamento dos suspeitos detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para execução do plano de golpe de Estado, com uso de técnicas operacionais militares avançadas.
Os investigados também previam a instauração de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, composto pelos próprios investigados, para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.
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