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Poupar recursos e maximizar resultados

Advogado e diretor no escritório Marcondes Brincas Advogados, Roberto Figueiredo, fala sobre um método japonês para poupar recursos e maximizar resultados, implantado em SC

Última atualização: 2017/03/20 8:43:28

Estado

Roberto Figueiredo, Advogado e diretor no escritório Marcondes Brincas Advogados

Em tempos de buscas fugazes e milagrosas por posições destacadas nas mídias sociais, o pensamento cartesiano voltado para os métodos e métricas consegue manter um equilíbrio e constância no alcance dos resultados. Além disso, dá fôlego à organização para consecução dos seus anseios corporativos.

Digo isso, pois já é tempo de pensarmos na aplicação de alguns conceitos do meio fabril para as áreas administrativas, financeiras e jurídicas. Nesse particular, a área jurídica merece certo destaque, uma pelo seu conservadorismo; duas, pela pressão e exigência do mercado que chega às portas dos escritórios exigindo eficiência (leia-se gestão), informação e visão negocial.

O Lean Thinking, ou Mentalidade Lean (sem gorduras ou enxuto) objetiva poupar recursos e maximizar resultados, sendo uma ferramenta de origem japonesa que remete à filosofia de mudança para melhor. Tal análise foi feita em um escritório de advocacia de Santa Catarina em função de algumas características do processo de trabalho interno voltadas para desperdícios identificados, medidas de desempenho utilizadas, implicações na equipe, recursos utilizados e resultados obtidos.

Basicamente, em um escritório de advocacia, o problema a ser trabalhado deve ser bem especificado; comunicado e identificado entre às áreas que estão envolvidas; estudado além dos limites da qualidade esperada; e, em todas as fases, medido, conforme requisitos definidos pelo próprio cliente, evitando desperdícios (espera, produção desnecessária, processamento, movimentação e correções).

Os resultados foram evidentes na redução de custo que alcançaram a casa dos 30% em 2016. Os insumos, relacionados aos serviços advocatícios, também reagiram positivamente na cadeia de valor, apresentando 40% de redução, em média. Um exemplo clássico está nos paralegais do escritório que, no primeiro semestre de 2016, realizavam, em média, 128 horas extras mensais e, no segundo semestre, este número chegou a 90 horas extras mensais. O resultado final da aplicação do “pensamento enxuto” está no aumento do faturamento líquido em mais de 10% em 2016.

 A melhoria contínua que permeia o escritório em questão, que por mais de 10 anos mantém a certificação ISO9001, mostra a tendência da advocacia moderna voltada, inicialmente, para a organização de suas competências internas, reavaliando a própria estrutura, a fim de ampliar as opções de serviços oferecidos aos clientes, com profissionais com postura mais comercial e foco em soluções jurídicas efetivas ansiadas pelo mercado atual. 

Roberto Figueiredo, Advogado e diretor no escritório Marcondes Brincas Advogados

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