Home Presidente da Aurora Coop alerta para riscos no Oeste de SC e defende ferrovia como solução estratégica

Presidente da Aurora Coop alerta para riscos no Oeste de SC e defende ferrovia como solução estratégica

Segundo ele, o atual modelo de transporte brasileiro, excessivamente dependente do rodoviário, impõe custos insustentáveis ao governo

NSC

Última atualização: 2025/07/12 8:36:36

Em artigo publicado nesta quinta-feira (10), o presidente da Aurora Coop, Neivor Canton, fez um alerta sobre os riscos logísticos que ameaçam a competitividade da agroindústria no Oeste de Santa Catarina. Segundo ele, o atual modelo de transporte brasileiro, excessivamente dependente do rodoviário, impõe custos insustentáveis ao governo,por exemplo, o transporte de alimentação para para aves e suínos, que movimenta anualmente cerca de 6 milhões de toneladas de milho vindas do Brasil Central. São mais de 150 mil viagens de caminhão por trajetos de até 2.200 quilômetros, resultando em bilhões de reais gastos com logística, um peso que compromete investimentos, margens de lucro e empregos na região.

Canton elogiou as recentes iniciativas do governo estadual, especialmente a articulação entre os estados do Sul e do Centro-Oeste em prol da Ferrovia Norte-Sul (Ferrosul). Para ele, essa mudança de paradigma é urgente. Enquanto países como Estados Unidos e China priorizam ferrovias para longas distâncias, o Brasil continua sendo “refém do rodoviarismo”. A multimodalidade, destaca o empresário, é o caminho para reduzir custos em até 50%, aumentar a sustentabilidade e preservar a competitividade das cooperativas catarinenses.

Além da Ferrosul, o presidente da Aurora Coop também defende a viabilização da chamada “Ferrovia do Frango”, ligando Lages a Chapecó, como essencial para baratear o escoamento da produção até os portos, melhorar o acesso a mercados internacionais e fortalecer a economia regional. Ele argumenta que investir em trilhos não é um capricho local, mas uma necessidade nacional diante da relevância do agronegócio, responsável por cerca de 25% do PIB brasileiro.

Ao concluir, Neivor Canton afirma que o Brasil precisa repensar com urgência sua matriz de transporte, sob pena de ver setores estratégicos migrarem para regiões mais competitivas. “O futuro nos cobra ação. E ele começa com trilhos”, sentencia o empresário, defendendo que o investimento ferroviário não é apenas possível, mas essencial para garantir o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar do país.

deixe seu comentário

leia também

leia também