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Programa Novos Caminhos homenageia adolescentes e parceiros no Extremo Oeste

A cerimônia, realizada em São Miguel do Oeste, homenageou 21 jovens que concluíram cursos de educação profissional, atividades complementares e projetos que os prepararam para o mercado de trabalho

Ascom

Última atualização: 2024/12/02 1:41:09

Na última sexta-feira (29), a região Extremo-Oeste de Santa Catarina foi palco do encerramento das atividades do Programa Novos Caminhos em 2024. A cerimônia, realizada em São Miguel do Oeste, homenageou 21 jovens que concluíram cursos de educação profissional, atividades complementares e projetos que os prepararam para o mercado de trabalho. Esses estudantes, vindos de serviços de acolhimento das comarcas de Descanso, Anchieta, Dionísio Cerqueira, Itapiranga, Mondaí, São José do Cedro, Campo Erê e Maravilha, agora estão qualificados para trilhar um caminho mais seguro rumo à independência e ao futuro.
Criado com o objetivo de transformar vidas, o Programa Novos Caminhos é uma iniciativa da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), em parceria com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e a Associação Catarinense de Magistrados (AMC). O projeto atende jovens acolhidos que, ao completarem 18 anos, precisam deixar essas instituições e encarar a vida adulta de forma autônoma. Neste ano, mais de 600 jovens em todo o Estado receberam certificação após participarem do programa.
Durante a solenidade, o vice-presidente da FIESC para o Extremo-Oeste, Astor Kist, destacou a importância do envolvimento das empresas na transformação da vida dos jovens. Ele agradeceu o comprometimento das organizações e ressaltou que ninguém consegue ser alguém na vida sem ter oportunidades, reforçando que as empresas participantes oferecem a chance de um emprego ou até mesmo a porta de entrada para o sucesso desses jovens.
O juiz Augusto Cesar Becker, diretor do Foro de São Miguel do Oeste, também falou sobre a dimensão social do programa, que mobiliza cerca de 900 profissionais em todo o Estado, sendo 12 empresas cidadãs e 20 empresas amigas apenas na região de São Miguel do Oeste. Segundo ele, o fortalecimento do programa se dá por uma consciência coletiva de responsabilidade social. Becker enfatizou que não adianta esperar pelo outro e que todos têm uma parcela de responsabilidade no destino da sociedade. Para ele, o que realmente transforma vidas é agir na realidade de cada um, algo que o Programa Novos Caminhos tem realizado com sucesso.
Em agosto de 2024, o Programa Novos Caminhos completou 11 anos de atuação, consolidando-se como uma referência nacional em responsabilidade social. Desde sua criação, em 2013, o programa já proporcionou 14,7 mil matrículas em cursos de educação básica e profissionalizantes, além de oferecer 1,6 mil atendimentos psicológicos e odontológicos e gerar 1,7 mil empregos. Ao todo, mais de 7,5 mil crianças, adolescentes e jovens já passaram pela iniciativa, que tem sido uma ponte entre os acolhidos e as oportunidades de uma vida independente.
O reconhecimento do programa pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) representa um novo marco. Considerado essencial para a autonomia dos jovens acolhidos, o Novos Caminhos está em processo de expansão nacional. Até o momento, 18 Estados já assinaram convênios ou estão em tratativas para replicar o modelo catarinense, ampliando o impacto social da iniciativa em todo o país.
O sucesso do programa é resultado da articulação entre diversas instituições. Desde o Termo de Cooperação n. 175/2013, que formalizou sua criação, o Novos Caminhos tem ampliado suas parcerias, contando com o apoio de entidades como o Ministério Público de Santa Catarina, Senac/Sesc, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC), Associação Catarinense de Medicina (ACM), Fundação de Estudos Superiores de Administração e Gerência, Senar/SC e CIEE. Essas colaborações são fundamentais para que o programa continue a cumprir sua missão de oferecer oportunidades para que jovens em acolhimento desenvolvam competências técnicas, emocionais e sociais, necessárias para conquistar a independência e se integrar plenamente à sociedade.

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