Na prática, a pulseira serve para informar o nome de lojas ou outros estabelecimentos. Assim, não será preciso abordar pessoas e perguntar. Cada comércio que quiser se tornar mais acessível deverá ter um dispositivo chamado BlindBox, que emite um sinal contendo as informações do local e que serão recebidas pelo equipamento
Pessoas com dificuldade de visão ou cegos são desafiados
diariamente ao andarem a pé nos centros urbanos. Além do deslocamento, é
difícil saber quais estabelecimentos estão ao redor. Para resolver esse
problema, três jovens de Blumenau desenvolveram a Pulseira Vision, ideia
aprovada na última edição do Programa Nascer, realizado pela Fundação de Amparo
à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) em parceria com o Sebrae/SC.
Na prática, a pulseira serve para informar o nome de lojas
ou outros estabelecimentos. Assim, não será preciso abordar pessoas e perguntar.
Cada comércio que quiser se tornar mais acessível deverá ter um dispositivo
chamado BlindBox, que emite um sinal contendo as informações do local e que
serão recebidas pelo equipamento. Quando o usuário passar pela frente, sentirá
uma vibração e poderá escolher se aceita ou não saber qual é o estabelecimento.
Anderson Cordeiro de Souza conta que a equipe usou o
contexto catarinense para desenhar a solução. Segundo dados do IBGE, mais de
180 mil pessoas no Estado têm grande dificuldade ou não conseguem enxergar.
“Mesmo com esse número, ainda não existem políticas públicas fortes para o aumento da acessibilidade e para a
inclusão. Assim, nosso projeto torna-se viável como uma ferramenta
facilitadora, promovendo e aumentando o bem estar social dessa parcela da
população”, justifica Anderson.
Junto com os sócios Dartagnan Scalon Machado e Érique Moser,
Anderson conseguiu a aprovação no Programa Nascer e a partir de então conta com
palestras, workshops e mentorias para amadurecer o projeto. “O programa Nascer
está ajudando a nortear as ideias e esclarecendo para o grupo quais são os
próximos passos e o que é necessário para a criação de uma startup”, completa.
Segundo o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, o
objetivo do Programa Nascer é justamente capacitar negócios que estão na fase
embrionária e dar apoio para organizar e fortalecer as ideias. “Assim, quando
surgirem oportunidades de mercado ou mesmo de fomento, estes empreendedores
estarão preparados. Este é o momento de aprender, errar, testar e seguir
empreendendo”, explica.
Saiba mais sobre o Programa Nascer
O Programa Nascer é desenvolvido pela Fapesc em parceria com
o Sebrae/SC. Na última edição, foram aprovadas 150 equipes nas 15 cidades onde
há ou que irão receber os centros de inovação do Governo do Estado, como
Blumenau, Brusque, Caçador, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Joaçaba, Jaraguá
do Sul, Itajaí, Joinville, Lages, Rio do Sul, São Bento do Sul, Tubarão,
Videira.
A equipe idealizadora da pulseira Vision foi selecionada em
Blumenau. Cada participante recebe gratuitamente mentoria, além de passar por
worshops e palestras com profissionais do mercado. Por causa da pandemia, todas
as atividades são realizadas agora remotamente.
Inscrições abertas
Estão abertas as inscrições para mais uma edição do Programa
Nascer. Quem tiver uma ideia e quiser passar por uma pré-incubação terá
oportunidade de amadurecer a proposta e deixá-la pronta para ser incubada e
receber investimento.
Os interessados devem ser inscrever diretamente na Plataforma
da Fapesc até 30 de junho.v
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