Proposta é do deputado Altair Silva
A proposta de reduzir em no mínimo 35% o valor das
mensalidades das instituições de ensino fundamental, médio e superior da rede
privada de Santa Catarina, foi apresentada pelo deputado Altair Silva nesta
terça-feira (14) na ALESC. Conforme o projeto de lei, a redução é em razão da
suspensão das atividades presenciais em decorrência da pandemia do novo
coronavírus.
Segundo a proposta, escolas e universidades serão obrigadas
a reduzir o valor cobrado a partir do 31º dia de suspensão das atividades. “O
momento é diferente de todos os demais que já vivemos, por isso, precisamos de
medidas mitigadoras, que auxiliem as famílias, mas também não deixem as
instituições totalmente desassistidas. O projeto não prejudica as escolas e
universidades, mas preserva empregos e evita a falência familiar, já que muitas
perderam suas fontes de renda em decorrência do isolamento social”, comentou
Altair.
A medida não prevê redução para as instituições que já
realizavam suas atividades no formato de educação a distância (EAD), e segue
até que o decreto que determina a suspensão das atividades escolares for
revogado. “Desde o dia 19 de março houve suspensão das atividades nas
instituições escolares que trabalham de forma presencial, e elas também tiveram
redução de custos, como água, energia, alimentação, manutenção, entre outros,
por isso essa medida é importante para o catarinense”, frisa Altair Silva.
Caso o projeto seja aprovado e sancionado pelo governador, a
instituição que não cumprir com a redução, poderá ser multada em R$ 5 mil, e
cobrada em dobro em caso de reincidência, conforme prevê o Código de Defesa do
Consumidor. Os recursos arrecadados com as multas, serão depositados no Fundo
Estadual de Saúde e destinados para financiar ações de enfrentamento a
COVID-19.
Em Nota Técnica, o PROCON de Santa Catarina esclarece que as
mensalidades das escolas da rede privada devem seguir sendo pagas normalmente,
assim como foi acordado no início do ano letivo, com a obrigatoriedade de que
as instituições reponham o mês sem aulas no mês de julho, quando seriam as
férias escolares, para que os estudantes não tenham prejuízo de conteúdo
educacional. O deputado autor da proposta, relata que a medida é importante,
mas não suficiente aos alunos. “Caso a quarentena seja mantida, a reposição em
julho será insuficiente e nós precisamos garantir que os estudantes não sejam
lesados também enquanto consumidores”, destaca Altair.
O projeto foi lido na sessão virtual desta tarde (14) e
segue sua tramitação normal na Assembleia Legislativa, começando pela análise
da Comissão de Constituição e Justiça da casa.
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