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Projeto pede a proibição de fogos de artifício com barulho

Proposta tramita na Assembleia Legislativa de Santa Catarina e divide opiniões

Última atualização: 2017/07/28 10:13:15

São Miguel do OesteUm projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) propõe a proibição dos fogos de artifício com barulho. A proposta é da deputada Ana Paula Lima, do PT, e pede a proibição de queima de fogos de artifício, artefatos pirotécnicos, rojões e foguetes que causem poluição sonora, como estouros e estampidos, em Santa Catarina, além de determinar que todas as atividades comemorativas e privadas que utilizem estes produtos, obrigatoriamente deverão utilizar os de efeito vista, assim denominados aqueles que produzem efeitos visuais sem estampido.Se aprovado, o projeto prevê que o descumprimento gerará multa de R$ 5 mil, sendo pago o dobro em caso de reincidência. Os recursos seriam revertidos à Fundação Especial de Proteção do Meio Ambiente (FEPEMA). A justificativa do projeto aponta que o objetivo é o bem estar de idosos, doentes, animais e bebes e crianças que se assustam com os fogos.A proposta divide opiniõesEmpresário, Flávio Augusto CarletFlávio Augusto Carlet, proprietário de uma loja que também comercializa fogos desde 2001, não acredita na aprovação do projeto e lembrou da queima de fogos em Florianópolis, uma das maiores do Brasil. Segundo ele, a produção de fogos representa o sustento de muitas famílias. “Gera 350 mil empregos no País. E como é que fica esse pessoal todo que trabalha. Eu prefiro dar de comer para uma criança do que estar protegendo determinadas coisas”, comenta. No caso dos animais, Carlet defende o treinamento dos cachorros. “No caso dos animais, você tem que educar seu cão. O meu cão não tem problema com fogos”, argumenta. Integrante do Grupo Amigo Bicho, Letícia Sassi WilbrantzOuvimos também da integrante do Grupo Amigo Bicho, Letícia Sassi Wilbrantz, que defendeu a aprovação do projeto. Segundo ela, principalmente na época de final de anos, os cachorros sofrem muito com a queima de fogos. Ela relata que todos anos há muitos casos de animais que fogem ou até se enforcam tentando se livrar do barulho, já que a audição dos cães é mais aguçada do que a dos humanos. Sobre treinamento dos animais, ela não acredita que resolva. “Talvez de filhote, com algo mais elaborado ele se acostume com o barulho, mas não vai resolver. Como a audição dele é muito maior que a nossa, aquele barulho vai incomodar ele igual. As pessoas que trabalham em empresas, eles usam fones, e não se acostumam com o barulho, né? É bem complicado, talvez em alguns casos dê certo, desde filhote, mas com a minha não deu certo”, argumenta.Apesar de ser defensora, Letícia não acredita que o projeto seja aprovado. Acho que não, porque é uma cultura (queima de fogos). Tenho esperança que seja agora, mas com a cultura que temos, acho complicado. Talvez mais para frente, com uma conscientização maior”, conclui.
Empresário, Flávio Augusto Carlet
Integrante do Grupo Amigo Bicho, Letícia Sassi Wilbrantz

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