Está para ser votado na Alesc o Projeto de Lei Complementar 7.3/2016, que estabelece o percentual mínimo de 10% de vagas para o sexo feminino em concursos e no ingresso no efetivo das instituições militares de Santa Catarina. A atual lei de ingresso na carreira militar de Santa Catarina prevê o máximo de 6% das vagas. Mulheres que atuam na PM de São Miguel do Oeste, entendem que esse projeto representa um avanço significativo
Juliana Fátima Barp Machado e Elisangela Adriane Chimin FaoroClaudia WeinmanNo dia 19 de julho a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), divulgou um vídeo perguntando aos internautas uma opinião quanto ao Projeto de Lei Complementar 7.3/2016, que estabelece o percentual mínimo de 10% de vagas para o sexo feminino em concursos e no ingresso no efetivo das instituições militares de Santa Catarina. A atual lei de ingresso na carreira militar de Santa Catarina prevê o máximo de 6% das vagas autorizadas para o sexo feminino.O aumento do número de vagas é uma proposta do Deputado Valdir Cobalchini (PMDB), o qual acredita que as mulheres acabam concorrendo em condições desiguais e, segundo dados levantados por ele, em 2014 correspondiam a apenas 7,6% dos quadros. Para Cobalchini, a intenção é garantir condições para que as mulheres possam cada vez mais ingressar na Polícia Militar. Diante disso, a reportagem do jornal Gazeta conversou nesta semana com duas políciais militares do batalhão em São Miguel do Oeste. A soldado Juliana Fátima Barp Machado, 33 anos, atua há nove anos na Polícia Militar. A 3º Sargento Elisangela Adriane Chimin Faoro, 38 anos, está há 13 anos. Segundo elas, o percentual mínimo de 10% de vagas para o sexo feminino é visto com algo positivo. Elisangela comenta que quando ela iniciou a sua atuação em São Miguel do Oeste, haviam apenas três mulheres na corporação. Depois, esse número foi aumentando com as escolas de formação que aconteceram. Elisangela explicou que no ingresso à Polícia Militar, tanto as mulheres como os homens permanecem durante sete meses em formação específica e integral. Em 2013 aconteceu uma escola de formação específica para mulheres, onde formaram-se 30, no entanto, atualmente a escola faz a junção de homens e mulheres dividindo o mesmo espaço, com as mesmas tarefas e aprendizado, o que muda, conforme ela, são alguns exercícios que para os homens a genética favorece mais, no entanto, todo o processo formativo ocorre da mesma maneira para ambos os sexos. 
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