Para a igreja católica, a prática do jejum tem uma série de objetivos para a vida de quem a adota na Quaresma
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Última atualização: 2023/04/07 8:31:45A Páscoa, celebrada no próximo domingo (8), é o feriado religioso que comemora a ressurreição de Jesus Cristo. Todos os anos, depois do Carnaval, algumas pessoas que seguem a religião católica passam 40 dias em “reflexão e jejum”. Entre as tradições da celebração, está o hábito de não comer carne vermelha na Sexta-Feira Santa. No entanto, você sabe por que isso acontece?
Conforme a doutrina católica, a prática do jejum tem uma série de objetivos para a vida de quem a adota. Para muitos católicos, deixar o hábito de lado durante a Sexta-feira Santa, é uma forma de se solidarizar com a prisão, tortura e crucificação de Cristo. Nesse sentido, não comer carne vermelha seria uma forma de demonstrar solidariedade e respeito a Jesus.
A coordenadora pedagógica para escolas confessionais conveniadas ao Sistema Positivo de Ensino, Lúzia Martins, explica que deixar de comer carne é um exercício material.
“A renúncia da carne nos lembra de que é o Espírito que vivifica a carne, não o contrário. A carne, nesse caso, deve estar ou ser submetida ao Espírito, para ser carne de verdade. Caso contrário, se corrompe. Deixar de comer carne é um exercício material, concreto na Quaresma para lembrar o homem dessa realidade transcendente na sua relação com o Sagrado”.
Quaresma e a relação com o jejum
Na religião católica, o jejum na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa é mais que apenas uma sugestão.
Segundo o Código de Direito Canônico, nesses dias é obrigatório abdicar da carne ou de outro alimento que traga prazer ao fiel. “Observem-se a abstinência e o jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo”, diz o Código.
No entanto, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) permite que se substitua a abstinência de carne por um ato de piedade, uma obra de caridade ou a substituição da carne por outro alimento.
“Em relação à abstenção de alimentos ou troca de algum deles, tudo depende daquilo que a pessoa mais gosta. Se, por exemplo, sou fascinada por chocolate e não consigo ficar sem comer um dia sequer, posso fazer jejum disso, em vez da carne. O mesmo vale para outros doces, café, cigarro, álcool e daí por diante”, afirma Lúzia.
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