O Brasil mais uma vez foi notícia negativa em todo mundo pelo que está ocorrendo no Norte, Nordeste e Centro Oeste na região amazônica. Um verdadeiro caos tomou conta daquela região, resultado das constantes queimadas e por consequência a destruição da flora e da fauna tão rica existente na Amazônia.
Os focos de fogo cresceram 70% em relação ao mesmo período no ano passado, em que a seca era maior, segundo dados levantados pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) com base no monitoramento nas e imagens de satélite do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
De janeiro a agosto deste ano, foram registrados, até sexta-feira (23), 76,7 mil focos de incêndio no Brasil. Os estados com mais queimadas são Mato Grosso (14,6 mil), Pará (10,2 mil), Amazonas (7.2 mil), Tocantins (5,9 mil) e Rondônia (5,8 mil). Os cinco compõem a Amazônia Legal, com áreas de Floresta Amazônica.
Segundo o Inpe, embora a maior parte da atenção esteja voltada para a Amazônia, o Cerrado também sofre com as queimadas e teve uma área 45% maior incendiada neste ano. Foram 27.149 km² até julho.
Conforme afirma a diretora científica do Ipam, Ane Alencar. “Em anos de seca muito extrema, os eventos de seca favorecem que, mesmo com desmatamento menor, você tenha um maior número de incêndios. Mas este ano não é de seca extrema. O que mostram nossas análises é que o aumento no número de focos de fogo está associado estritamente ao tanto de desmatamento que tem ocorrido na Amazônia. É um aumento vertiginoso. Se a seca fosse extrema, isso teria dobrado, disse a pesquisadora”.
Todo ano, há a chamada estação do fogo, quando ocorrem as queimadas. O período crítico é de agosto a outubro. Na Amazônia, diferentemente de outras vegetações como o cerrado, é muito difícil haver um foco de incêndio que não tenha sido causado pelo homem.
DE QUEM É A CULPA?
Por um lado temos um governo pouco preocupado em cuidar da Amazônia, isso se confirma toda vez que o presidente e sua equipe vêm para a mídia para falar desta questão. Outro fator que comprova isso é que não existe nenhum programa forte e firme em defesa da Amazônia, tão pouco incentivo na segurança, ou seja, poucos investimentos no Ibama e muito menos nas leis ambientais para coibir tais crimes.
Por outro lado existem os grandes fazendeiros, grileiros e até mesmo estrangeiros se apropriando de mais terras e vão derrubando, queimando e assim destruindo o que temos de mais nobre que é a biodiversidade amazônica.
A explicação dos grandes fazendeiros e parte da sociedade que só pensam em produzir, pois o Brasil precisa ser mais competitivo e o agronegócio é que vai salvar a economia. Em razão disso destroem sem dó a floresta a passos largos causando enorme poluição, acabando com a fauna e a flora e o pior de tudo isso contribuindo para o aquecimento global.
Somados a esses fatores temos também o interesse dos estrangeiros, principalmente o Estados Unidos que querem por que querem tomar conta do mundo tanto na questão do petróleo como a água e toda biodiversidade existente na Amazônia. Eles se colocam como parceiros para ajudar no controle da Amazônia, mas o interesse é só comercial.
Há fortes evidências de que o desmatamento esteja por trás do surto de incêndios no país. O Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) divulgou uma nota técnica mostrando que, no geral, os municípios onde mais aconteceram queimadas foram também aqueles onde mais se desmatou. O estudo não encontrou relação da ausência de chuvas com os focos de queimada, o que poderia sugerir causas espontâneas para os eventos.
Não sejamos ingênuos de acreditar que só existem anjinhos nessa história toda. O que existe são interesses de todos os setores e a sociedade fica discutindo, debatendo, se odiando nas redes sociais. Onde uns acham normal as queimadas por que sempre existiram e por outro lado os que defendem que a Amazônia e que esta deveria ser melhor cuidada e preservada como patrimônio do Brasil.
FOCOS DE QUEIMADAS NA REGIÃO TAMBÉM
Comentei dias atrás e volto ao tema sobre as queimadas na nossa região e por incrível que pareça ainda tem gente acreditando nessa forma de preparar o solo ou as pastagens colocando fogo nas gramas e restos de palhadas.
Nas nossas visitas no meio rural temos visto muitas queimadas de pastagens, canas de açúcar e outras palhadas. A palhada se formou depois de intensas geadas sobre gramas, capins e outras plantas.
Isso é uma prática que não pode ser feito, pois causam muitos danos ao solo e ao meio ambiente. As queimadas normalmente acontecem neste período pós geadas e início de preparação do solo para a próxima safra.
As consequências das queimadas no solo são terríveis e ocasionam danos muitas vezes irreversíveis. Sob o ponto de vista agronômico, a queimada no solo não proporciona benefícios, pelo contrário, pode trazer sérias consequências. As principais delas são: Elimina nutrientes fundamentais para qualquer cultura vegetativa, como o potássio, fósforo e nitrogênio. Mata microrganismos que auxiliam no desenvolvimento das plantas. Reduz a umidade do solo e levando à sua compactação. Desencadeia o processo erosivo e outras formas de degradação do solo.
Aumenta da liberação de dióxido de carbono, uma das principais causas do aquecimento global. Polui nascentes, águas subterrâneas e rios por meio das cinzas e destrói de habitats naturais.
PRODUTORES DE LEITE SE REUNIRAM PARA DEBATER O FUTURO DA ATIVIDADE
Um grande público formado por produtores de leite, técnicos, sindicalistas e autoridades regionais e estaduais participou do seminário estadual do leite em Iporã do Oeste – SC na semana passada, cujo tema principal tratou do atual cenário do leite e o que queremos para o futuro. O evento foi uma promoção da comissão dos produtores de leite, secretarias municipais de agricultura, prefeituras e câmaras de vereadores da região, sindicatos filiados à Microrregião Três Fronteiras, que abrange 14 municípios e Fetaesc.
De uma forma geral, a manifestação de todos que se pronunciaram, tanto de agricultores como de autoridades, foi em relação ao descontentamento com a atividade leiteira devido à desvalorização do produto e aos baixos preços em comparação ao alto custo de produção. Aos participantes do seminário foi entregue um adesivo da campanha de incentivo ao consumo do leite, denominada de “beba mais leite, leite é saúde”.
Durante o seminário foi elaborada uma pauta de reivindicação. Os temas reivindicados são o descredenciamento de empresas importadoras de leite das licitações públicas nos municípios, estado e país; renegociação das dívidas referente aos contratos de crédito feitos por produtores de leite; aprimorar o Fundesa; apoiar as pequenas indústrias e cooperativas; e facilitar o acesso a programas, como o fornecimento de alimentos para a merenda escolar e adequar a legislação sanitária para que pequenos empreendimentos se viabilizem na comercialização dos seus produtos e os tornem mais baratos para o consumidor.
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