Trabalho diariamente com casais, quando estes buscam ajuda, a sua grande maioria deseja tentar reconstruir a relação, principalmente depois de algum tipo de situação ocorrida: brigas, perdas, revelação da traição, diferenças no processo educacional dos filhos… Etc. Em geral, são pessoas que estão em grande sofrimento, mesmo quando a situação já tenha ocorrido a algum tempo ou esteja acontecendo no presente momento. A maior proporção dos casais consegue assumir que apesar da situação vivenciada, ambos possuem a intenção de continuar juntos! No entanto, o dia-a-dia, na sua correria e na sua dificuldade de comunicação, acaba por ser (ainda) mais difícil do que esperavam e invariavelmente entram em círculos viciosos de discussões, momentos de silêncio (ignorância) e até agressividades.
Certamente algumas pessoas, possuem mais esperança que outras, em se reportando à vida conjugal. Perguntam-me se há solução? Se ainda vale a pena? Será que existe amor? A resposta é simples, com uma contra pergunta: ambos estão genuinamente dispostos a salvar a relação?
Se a intenção existe, há caminhos!
Claro que irão precisar de tempo e muita paciência, além do arrependimento verdadeiro daquele que porventura tenha se atrapalhado ou de ambos, por coisas que fizeram ou deixaram de fazer para esta relação.
Questionar sobre o que realmente aconteceu, buscando “esclarecimentos”, promoverá com certeza algumas discussões (por vezes intermináveis) e/ou afastamentos, dores, sofrimentos e outros sentimentos, haja vista que há o desejo de compreensão, curiosidade ou algum tipo de justificativa, ou a certeza para a “condenação”. Porém, nem sempre é efetivo tal comportamento, assim como não o é a sublimação da situação vivenciada. A ajuda profissional faz toda a diferença nesse momento, pois auxilia o casal (ou família) nessa retomada da comunicação.
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