Em julho, o estado exportou 35,1 mil toneladas de carne suína, com faturamento de US$ 75,2 milhões, 3,5% acima do mês anterior. Esse é o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas dos embarques registrados em maio
O status sanitário diferenciado e a qualidade permitiu a
Santa Catarina se consolidar como o maior produtor e exportador de carne suína
do Brasil. De janeiro a julho deste ano, foram 236,6 mil toneladas embarcadas –
58% do total nacional – gerando um faturamento de US$ 467,6 milhões. Ou seja, a
cada 10 produtos de carne suína exportados pelo Brasil, 6 são produzidos em
Santa Catarina.
Em julho, o estado exportou 35,1 mil toneladas de carne
suína, com faturamento de US$ 75,2 milhões, 3,5% acima do mês anterior. Esse é
o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas dos embarques registrados em
maio.
“Santa Catarina continua crescendo em exportações, tanto na
venda de suínos quanto de aves. A China se tornou um grande mercado e vem
aumentando as compras ao longo do ano, mas nós não podemos perder de vista
outros mercados importantes. Nosso objetivo agora é abrir as exportações de
carne suína para o México”, ressalta o secretário da Agricultura Ricardo de
Gouvêa.
No acumulado do ano, Santa Catarina apresenta uma alta de
33,5% nas receitas com as exportações de carne suína e de 29,2% na quantidade
embarcada. A maioria dos principais mercados aumentou de forma significativa
suas compras ao longo do ano, com destaque para China, que ampliou em 49,9% as
importações do produto catarinense em relação ao mesmo período de 2018.
Este ano, Santa Catarina também retomou as exportações para
Rússia, que já foi o maior mercado e agora ocupa a 5ª colocação no ranking dos
embarques de carne suína. O estado também aumentou muito as vendas para Vietnã
e Coreia do Sul.
China
A China é o maior importador de carne suína do mundo, principal mercado para o produto catarinense e com um grande potencial de crescimento. O gigante asiático responde por 41% de tudo o que Santa Catarina já faturou com as exportações de carne suína este ano. Quando se contabiliza também os embarques para Hong Kong, região administrativa especial da China, a participação sobe para 55%.
Enquanto o estado comemora o aumento nas vendas, a China
vive uma grave crise na suinocultura. O país já registrou mais de uma centena
de focos de peste suína africana, o que pode causar queda de até 30% na sua
produção em 2019, conforme apontam diversos especialistas.
Segundo o analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento
Agrícola (Epagri/Cepa), Alexandre Giehl, a suinocultura catarinense deve
continuar sendo favorecida por esse cenário, já que há expectativa de que a
China intensifique ainda mais suas importações de carne suína nos próximos
meses. “Além do expressivo aumento dos embarques para a China, a carne
suína catarinense tem ampliado sua inserção em mercados extremamente exigentes,
como é o caso da Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos, o que demonstra a
competitividade do setor”, complementa.
Os problemas enfrentados pela China e outros países
asiáticos podem também ter impacto positivo sobre as exportações de outras
carnes, como é o caso do frango, que é um substituto tradicional da carne
suína.
deixe seu comentário