São Miguel do Oeste decreta situação de emergência após microexplosão causar estragos generalizados

Após a forte chuva e os ventos intensos que atingiram São Miguel do Oeste na madrugada desta quinta-feira (23), a Prefeitura decretou situação de emergência para viabilizar ajuda mais rápida às famílias atingidas. A medida foi anunciada pelo coordenador da Defesa Civil e secretário de Transportes e Obras, Wuillian Lanza, durante entrevista à TVGC.

Segundo ele, o fenômeno foi classificado como uma microexplosão, caracterizada por rajadas de vento que podem ultrapassar os 100 km/h, causando grande impacto em curto espaço de tempo. “Foi mais de 100 milímetros em menos de 30 minutos. É muita precipitação para pouco tempo”, explicou Wuillian. A microexplosão provocou destelhamentos, alagamentos, quedas de árvores, barreiras, muros e danos nas estradas, especialmente na zona rural.

Desde as primeiras horas da manhã, uma força-tarefa com mais de 20 equipes envolvendo as secretarias de Transportes e Obras, Urbanismo, Assistência Social, Bombeiros e Defesa Civil esteve mobilizada para atender os casos mais urgentes. “Foi um trabalho incansável. As equipes se desdobraram para estar em vários pontos da cidade e do interior, conversando com os moradores e orientando sobre os próximos passos”, relatou Wuillian.

O decreto de emergência foi aprovado por unanimidade pelo conselho municipal e permite o pedido imediato de kits de ajuda humanitária, como telhas, materiais de limpeza e higiene, junto aos governos estadual e federal. “Se fizéssemos esse decreto hoje, possivelmente amanhã no final da tarde ou sábado pela manhã esse material já esteja em São Miguel do Oeste. Essa foi nossa preocupação principal”, destacou.

Wuillian também informou que, apesar dos estragos, não houve feridos nem vítimas fatais, o que ele classificou como “o ponto positivo de tudo isso”. Além disso, mais de 300 pedidos de ajuda com lonas foram registrados em apenas um dia, e a distribuição continua em andamento. A população pode entrar em contato com a Defesa Civil pelo número 199 ou com o Corpo de Bombeiros pelo 193.

“Pedimos calma à população. Sabemos que todos querem resposta imediata, mas estamos monitorando e atendendo cada caso. Praticamente todos os afetados foram visitados por alguma equipe ou receberam orientação”, finalizou o coordenador. Ele também reforçou o apelo por segurança ao manusear lonas e sugeriu o uso de EPIs ou ajuda de profissionais.