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Sete a cada dez rodovias de SC tem algum tipo de problema, diz pesquisa; confira ranking

Dados fazem parte da pesquisa CNT de Rodovias, que avalia as condições da infraestrutura rodoviária do país

NSC

Última atualização: 2023/11/30 3:19:02

Foto: Reprodução

Sete a cada dez rodovias pavimentadas em Santa Catarina tem algum tipo de problema e são consideradas de qualidade regular, ruim ou péssimas. Os dados fazem parte da pesquisa CNT de Rodovias, feita pela Confederação Nacional de Transportes (CNT), que avalia as condições da infraestrutura rodoviária do país. Este é o segundo pior resultado entre os estados da região Sul.

O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (29). Em todo o Brasil, foram analisados mais de 111 mil quilômetros de rodovias pavimentadas, sendo 67.659 quilômetros de malha federal (BRs) e 43.843 quilômetros dos principais trechos analisados.

Em Santa Catarina, foram analisados 3.515 quilômetros, cinco a mais que na pesquisa de 2022. De toda a malha rodoviária pavimentada, 72% apresenta algum tipo de problema, sendo a rodovia considerada regular, ruim ou péssima — o que representa 2.529 quilômetros. Só em relação às vias classificadas como péssimas, são 282 quilômetros. Já 28% da malha é considerada ótima ou boa.

No ano passado, 68,2% da malha rodoviária estava com problemas, enquanto 31,8% era considerada ótima ou boa.

A condição das estradas catarinenses em 2023 é a segunda pior ao comparar a situação nos outros estados do Sul do país. No Rio Grande do Sul, por exemplo, 72,2% da malha rodoviária tinha algum problema. Já no Paraná, o percentual é de 59,20%. Em nível nacional, Santa Catarina aparece em 14º lugar.

O estudo também classifica as rodovias em três fatores: pavimentação, sinalização e geometria. Em cada grupo, é levado em conta características como curvas, condições da superfície, placas de sinalização e faixas.

No pavimento, 59,7% da malha rodoviária apresentava algum tipo de problemas. Além disso, 0,1% está com o pavimento totalmente destruído. Em relação à sinalização, 59,8% da extensão é considerada regular, ruim ou péssima.

Outros 3,2% não tem faixa central, enquanto 11% não tem faixas laterais.

Por fim, na geometria da via, 69,3% dos quilômetros analisados tinham algum tipo de problema. Das pistas, 83,4% são simples, e 22,8% possuem trechos com curvas perigosas e sem sinalização.

O levantamento também apontou que há 34 pontos críticos no Estado. Ao comparar com a pesquisa de 2022, houve um crescimento de 88%, já que no ano passado eram 18 pontos críticos. No entanto, é o menor índice em relação aos demais estados do Sul: Paraná tem 36, enquanto o Rio Grande do Sul tem 59 pontos críticos.

Mais de 1,37 bilhão em investimentos

Ainda de acordo com a CNT, para recuperar as rodovias em Santa Catarina é necessário um investimento de R$ 3,71 bilhões em obras de recuperação. Em 2023, o governo federal investiu R$ 405,36 milhões até setembro na infraestrutura rodoviária do Estado. Ao todo, foram liberados R$ 693,58 milhões em recursos.

 

O levantamento também aponta que houve um prejuízo de R$ 1,37 bilhão em acidentes no ano passado. No mesmo ano, o governo gastou R$ 146,95 milhões com obras de infraestrutura rodoviária de transporte.

Confira o ranking das rodovias em SC

Estado geral

BR-158 – Ruim
BR-163 – Ruim
SC-112 – Ruim
SC-157 – Ruim
SC-161 – Ruim
SC-283 – Ruim
SC-305 – Ruim
SC-350 – Ruim
SC-390 – Ruim
SC-480 – Ruim
BR-153 – Regular
BR-280 – Regular
BR-282 – Regular
BR-283 – Regular
BR-285 – Regular
BR-470 – Regular
BR-475 – Regular
BR-477 – Regular
SC-135 – Regular
SC-150 – Regular
SC-163 – Regular
SC-285 – Regular
SC-386 – Regular
SC-436 – Regular
SC-453 – Regular
SC-477 – Regular
SC-486 – Regular

ACESSO – Bom
BR-101 – Bom
BR-116 – Bom
BR-480 – Bom
BR-376 – Ótimo
BR-486 – Ótimo

Pavimento

SC-305 – Péssimo
SC-350 – Péssimo
BR-163 – Ruim
BR-475 – Ruim
SC-135 – Ruim
SC-157 – Ruim
SC-161 – Ruim
SC-283 – Ruim
SC-285 – Ruim
SC-386 – Ruim
SC-390 – Ruim
SC-453 – Ruim
SC-477 – Ruim
SC-480 – Ruim
SC-486 – Ruim
BR-153 – Regular
BR-158 – Regular
BR-280 – Regular
BR-282 – Regular
BR-285 – Regular
BR-470 – Regular
BR-477 – Regular
BR-480 – Regular
SC-112 – Regular
SC-150 – Regular
SC-163 – Regular
SC-436 – Regular
BR-101 – Bom
BR-116 – Bom
BR-283 – Bom
BR-486 – Bom

ACESSO – Ótimo
BR-376 – Ótimo

Sinalização
SC-283 – Péssimo
BR-158 – Ruim
BR-163 – Ruim
BR-283 – Ruim
SC-350 – Ruim

ACESSO – Regular
BR-153 – Regular
BR-280 – Regular
BR-282 – Regular
BR-470 – Regular
BR-475 – Regular
BR-477 – Regular
SC-112 – Regular
SC-135 – Regular
SC-150 – Regular
SC-157 – Regular
SC-161 – Regular
SC-163 – Regular
SC-285 – Regular
SC-305 – Regular
SC-390 – Regular
SC-436 – Regular
SC-453 – Regular
SC-477 – Regular
SC-480 – Regular
SC-486 – Regular
BR-101 – Bom
BR-116 – Bom
BR-480 – Bom
SC-386 – Bom
BR-285 – Ótimo
BR-376 – Ótimo
BR-486 – Ótimo

Geometria
BR-158 – Ruim
BR-163 – Ruim
BR-475 – Ruim
BR-477 – Ruim
SC-157 – Ruim
SC-285 – Ruim
SC-305 – Ruim
SC-350 – Ruim
SC-390 – Ruim
SC-436 – Ruim
SC-453 – Ruim
SC-486 – Ruim

ACESSO – Regular
BR-153 – Regular
BR-280 – Regular
BR-282 – Regular
BR-283 – Regular
BR-285 – Regular
BR-470 – Regular
SC-135 – Regular
SC-163 – Regular
SC-386 – Regular
SC-112 – Péssimo
SC-150 – Péssimo
SC-161 – Péssimo
SC-283 – Péssimo
SC-477 – Péssimo
SC-480 – Péssimo
BR-101 – Ótimo
BR-376 – Ótimo
BR-486 – Ótimo
BR-116 – Ótimo
BR-480 – Ótimo

No Brasil, 67,5% das rodovias têm problemas

No Brasil, a pesquisa apontou que 67,5% das rodovias foram classificadas como regular, ruim ou péssima, enquanto 32,5% é considerada ótima ou boa.

 

“Os percentuais demonstram uma relativa estabilidade no estado geral da malha rodoviária brasileira, em comparação com os resultados do ano passado, que apresentavam, respectivamente, 66% e 34% para os mesmos níveis de classificação”, avaliou a CNT em nota.

Em 2023, 56,8% do pavimento, 63,4% da sinalização e 66% da geometria dessas vias foram avaliados como regular, ruim e péssima, percentuais que também ficaram próximos aos registrados no ano passado: 55,5%, 60,7%, 63,9%, respectivamente.

“A realidade que o estudo expõe reforça o que a CNT vem defendendo há anos: a necessidade de continuar mantendo investimentos perenes e que viabilizem a reconstrução, a restauração e a manutenção das rodovias”, complementa a entidade.O estudo mostrou, ainda, que as rodovias públicas, que representam 76,6% da extensão pesquisada este ano, apresentam percentuais maiores de avaliações negativas (77,1%). Já entre as rodovias concessionadas, que representam 23,4% da extensão pesquisada em 2023, 64,1% da extensão da malha foram classificadas como boa e ótima.

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