Sicoob São Miguel é reconhecido por boas práticas de inovação social e gestão no cooperativismo financeiro

O Sicoob São Miguel, que conta com 64 agências nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, foi reconhecido como finalista do RECIP 2025 (Reconhecimento de Inovação com Propósito), promovido pela Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central do Brasil (Fenasbac), com apoio institucional do Banco Central do Brasil e patrocínio do Sistema OCB e do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCOOP).

A premiação, que mobilizou todos os sistemas cooperativos de crédito e contou com 25 finalistas, celebrou boas práticas de inovação social e de gestão no cooperativismo financeiro, reconhecendo iniciativas que integram inovação, propósito e impacto sistêmico, conectando o cooperativismo ao futuro sustentável do setor financeiro. O programa esteve estruturado em cinco dimensões temáticas: Colaborativa, Participativa, Desenvolvimento de Capacidades, ESG e Finanças Verdes.

A solenidade de reconhecimento e celebração ocorreu nos dias 29 e 30 de outubro, na sede do Banco Central, em Brasília, reunindo lideranças do setor, especialistas e representantes das cooperativas. Além da premiação, a programação trouxe diferentes painéis e palestras que abordaram a temática de ESG e finanças sustentáveis.

“Para o Sicoob São Miguel, foi muito importante estar aqui, na primeira vez em que participamos do RECIP. É o reconhecimento do trabalho que a cooperativa realiza com foco nas práticas de ESG, que consideram o quão sustentável e responsável uma organização é em relação ao Meio Ambiente, à sociedade e à sua própria gestão”, destacou o sócio fundador e diretor operacional do Sicoob São Miguel, Jaimir Balbinot.

“São ações que praticamos no nosso dia a dia e que nos credenciaram a estar entre os finalistas do RECIP 2025, com muito orgulho entre as nove cooperativas do sistema Sicoob selecionadas. Isso demonstra que estamos no caminho certo, com trabalho sério e com olhos para o futuro, sem esquecer da caminhada iniciada há 36 anos por 34 agricultores que fundaram a cooperativa”, completou Balbinot.

Reconhecimento à inovação com propósito

Ter chegado à etapa final do RECIP representa um marco histórico para o Sicoob São Miguel, que consolida sua posição entre as cooperativas mais inovadoras do país. O reconhecimento reforça o compromisso com a evolução contínua da gestão, a valorização das pessoas e a criação de soluções cooperativas que geram resultados sustentáveis para a comunidade. Mais do que uma conquista institucional, o resultado evidencia o propósito de transformar realidades locais por meio do cooperativismo de crédito.

“O RECIP é um movimento provocativo, uma oportunidade para que o Sicoob evidencie, por exemplo, o sétimo princípio do cooperativismo, que é o compromisso com a comunidade. Reconhecimentos como esse mostram os diferenciais do cooperativismo de crédito e do Sicoob”, destacou o superintendente de Cidadania e Sustentabilidade do Instituto Sicoob, Luiz Edson Feltrim, durante o evento.

Ele também relembrou a trajetória do cooperativismo e o papel das cooperativas como protagonistas da transformação social. “As cooperativas estão nas comunidades, conhecem suas necessidades e vocações. Esse trabalho sistêmico potencializa o investimento social e, por exemplo, o alcance da educação financeira, não apenas por determinação do Banco Central, mas por compromisso com os propósitos do cooperativismo.”

Feltrim ainda participou do painel “60 anos do BC – sua história com o cooperativismo de crédito e uma visão de futuro”, que contou com o diretor de Inovação e Estratégia da Fenasbac, Rodrigoh Henriques, o qual destacou que “inovação é um mandato na obrigação de atender bem o cliente”, e o chefe de departamento do Banco Central, Adalberto Felinto, que ressaltou a diversificação, capilaridade e inclusão como pilares do cooperativismo.

O diretor do Banco Central, Ailton de Aquino, reforçou a importância do cooperativismo seguir na agenda do BC. “O cooperativismo é exemplo pelo seu papel na comunidade. Precisamos trazer mais jovens e mulheres para o movimento, especialmente entre as lideranças, e as cooperativas devem fazer isso por iniciativa própria, sem depender da ‘mão pesada’ do regulador.”