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Taça verde e amarela

Seguindo a história das borbulhas, sabe-se que a flûte causou muito frisson ao ser lançada porque aumentou o impacto visual da bebida

Última atualização: 2018/02/09 11:24:32


Seguindo a história das borbulhas, sabe-se que a flûte causou muito frisson ao ser lançada porque aumentou o impacto visual da bebida, ao produzir a encantadora explosão  de  bolhinhas que sobem rapidamente do fundo para o alto da taça, provocando até deliciosas cócegas no nariz se a taça estiver muito cheia do líquido. Mas Riedel atacou a flûte justamente porque neste formato cilíndrico o gás se sobrepõem aos demais aromas, dificultando a percepção dos sabores delicados em especial dos espumantes safrados, daqueles com longos anos de fermentação na garrafa e das cuvées particulares.

Entrou em cena então um novo formato, que lembra uma  tulipa, mais curta que a flûte, e um pouco mais aberta no meio para aumentar a aeração.

Nessa onda entrou em cena uma jóia nacional: a taça do espumante brasileiro. Apresentada  pela Cristallerie Strauss em 2009, durante  a 17ª Avaliação Nacional de Vinhos, no Rio Grande do Sul foi sucesso imediato. Este prestigioso encontro que costuma reunir mais de mil pessoas todos os anos para apreciar a safra nacional foi o palco perfeito para o novo modelo apresentado estrear em grande estilo. Testada por enólogos, pesquisadores e consumidores brasileiros, o modelo venceu  25 concorrentes. A estética contou pontos, mas a originalidade e funcionalidade fizeram dela a grande vencedora.

Feita de  cristal muito fino, tem a forma de uma minitulipa, favorecendo assim  a concentração das bolinhas numa belíssima coluna central, que se eleva desde o final da longa haste até o topo do líquido. Seu bojo largo e a boca sutilmente fechada facilitam primeiro a liberação e depois a  concentração dos aromas, o que permite melhor apreciação dos espumantes de qualidade. Outro ponto a favor é seu volume, que  também foi pensado para evitar que o espumante permaneça muito tempo na taça e acabe aquecendo.

O enólogo Adolfo Lona, que produz espumantes há 45 anos no Rio Grande do Sul   aprova quase tudo nela, menos as ranhuras no fundo, o que, segundo ele, ativa muito a liberação do gás, ou seja, reduz a vida do espumante na taça.

Mas a batalha ainda não terminou, aguarde o desfecho!!



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