Auxílio emergencial liberado para conter os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia foi pago a mais de 50 milhões
Depois das irregularidades na concessão do benefício aos
militares, o nome de todos os 50 milhões de beneficiados com o auxílio
emergencial de R$ 600 terá que ser publicado no portal da transparência do
governo federal. A divulgação terá que ser discriminada por município.
A determinação é do plenário do TCU (Tribunal de Contas da
União) que aprovou, em decisão unânime, voto da ministra Ana Arraes. No voto, a
ministra do TCU diz que a publicação da lista é necessária para aprimorar as
medidas de transparência e controle social sobre os gastos e benefícios
envolvendo o pagamento do auxílio. O Ministério da Cidadania terá que fazer a
publicação.
“Se houve erro no processamento das informações, o TCU
quer saber quem errou, como errou e se houve má fé”, disse ao Estado o
ministro do TCU Bruno Dantas. Segundo ele, se tiver havido dolo de pessoas que
se inscreveram no programa sabendo que não tinham direito, ou se tiverem sido
orientadas a se inscrever, isso pode revelar um crime grave.
“De qualquer forma, a decisão do Plenário do TCU de
ordenar a divulgação de todos os nomes de beneficiários, agrupados por
município, permitirá que a própria população fiscalize os criminosos”,
ressaltou.
Bruno Dantas concedeu liminar nesta quarta-feira
determinando o ressarcimento aos cofres públicos do auxílio pago irregularmente
pelo Ministério da Cidadania a militares integrantes da folha de pagamento do
Ministério da Defesa.
A liminar determinou que, caso os ressarcimentos não tenham
ocorrido até a data de fechamento da folha de pagamento do mês de maio, seja
feito o desconto do mesmo valor no salário do militar que recebeu irregularmente
o benefício. O ressarcimento terá que ser feito via GRU (Guia de Recolhimento
da União).
Um total de 73.242 militares receberam o auxílio emergencial
de R$ 600, destinado a trabalhadores informais e desempregados durante a
pandemia do novo coronavírus.
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