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Telescópio captura nova imagem da Nebulosa Borboleta, uma das estruturas mais impressionantes da galáxia

Registro feito no Chile revela detalhes inéditos da formação bipolar iluminada por uma estrela anã branca extremamente quente

NoirLab

Última atualização: 2025/12/02 2:20:36

Uma nova imagem obtida pelo telescópio Gemini South, no Chile, reacendeu o fascínio pela Nebulosa Borboleta, uma estrutura cósmica que se destaca na Via Láctea por suas imensas asas de gás brilhante. A fotografia, divulgada pelo NOIRLab, mostra com precisão inédita o complexo arranjo de nuvens, filamentos e colunas que compõem a NGC 6302, localizada entre 2,5 mil e 3,8 mil anos-luz da Terra, na constelação de Escorpião.

No centro da nebulosa está uma estrela anã branca que supera 250 mil graus Celsius, um remanescente estelar que, há milhares de anos, expulsou suas camadas externas ao espaço. Esse material em expansão formou a estrutura bipolar responsável pelo aspecto de borboleta, enquanto sua temperatura extrema faz o gás brilhar em tons vibrantes de hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e outros elementos que, futuramente, podem participar do nascimento de novos corpos celestes.

A formação já intrigava astrônomos desde o século XIX. Embora a descoberta seja frequentemente atribuída a um estudo de Edward E. Barnard em 1907, há relatos de observações anteriores feitas por James Dunlop em 1826. A estrela central, antes uma gigante vermelha mil vezes maior que o Sol, deixou como legado um anel escuro ao seu redor e jatos expelidos perpendicularmente que moldaram a figura que hoje domina o registro.

Estudos também indicam que a NGC 6302 já foi palco de ventos estelares violentos, que ultrapassaram três milhões de quilômetros por hora e esculpiram seus arcos e filamentos ondulantes. A nova captura do Gemini South não apenas reforça a beleza do fenômeno, mas oferece material valioso para compreender a dinâmica de estrelas em seus estágios finais e os ciclos de reciclagem cósmica que permeiam a galáxia.

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