Prefeito de São Miguel do Oeste falou sobre os primeiros seis meses de governo. Restos a pagar, economia de recursos, novos projetos e os programas “Alvará no tempo certo” e “O Povo Fala” foram temas abordados pelo chefe do Executivo
Wilson Trevisan comentou sobre os primeiros meses de governo e sobre futuras açõesO prefeito de São Miguel do Oeste, Wilson Trevisan, recebeu a reportagem do Jornal Gazeta e falou sobre os seis primeiros meses de seu governo à frente do Executivo, além de projetar as próximas ações. O chefe do Executivo abordou sobre a escassez de recursos, restos a pagar, economia de recursos, programas iniciados e a parcerias firmadas com a sociedade.De acordo com Trevisan, o início da gestão foi difícil devido à falta de recursos. “Buscamos nesses primeiros seis meses fazer um ajuste fiscal bastante forte, no sentido de fazer um equilíbrio das contas públicas. Felizmente, conseguimos de parte da nossa gestão, equilibrar despesas e receitas. Ficamos ainda com restos a pagar, que eram de exercícios anteriores, que estamos num cronograma, cumprindo o prazo de pagamento. Essa foi uma dificuldade que enfrentamos, mas estamos caminhando e buscando a solução para esses problemas financeiros”, revela.Uma das medidas destacadas pelo prefeito no primeiro semestre foi o programa do “Alvará no tempo certo”. “Hoje as empresas podem vir até a prefeitura de São Miguel do Oeste e, em cinco dias, elas têm o alvará na mão. A não ser que ela deixe de entregar algum documento necessário. Entregando todos os documentos, em cinco dias a vistoria da vigilância é feita, a vistoria do fiscal de postura é feita, e aí tem o alvará”, explica.Para Trevisan, outro programa inovador para São Miguel do Oeste foi o programa “O Povo Fala”, onde a Administração Municipal manteve 32 reuniões, com comunidades da cidade e do interior. “Na semana passada fizemos o encerramento e entregamos assinado por mim, pelo vice-prefeito e todos os secretários, o compromisso de nos nossos quatro anos de governo realizar as cinco prioridades escolhidas em cada uma das comunidades. Hoje temos em torno de 45 comunidades atendidas, multiplicando por cinco prioridades, passa de 200 prioridades que assumimos compromisso. Algumas delas já estamos realizando. O Bairro São Luiz, por exemplo, tinha como prioridade asfaltar a Rua John Kennedy, que passa na frente da comunidade e liga ao CAIC. Conseguimos recursos do Estado e priorizamos essa prioridade, como algumas outras que já conseguimos”, exemplifica.Parcerias e envolvimento da ComunidadeTrevisan enalteceu as parcerias firmadas em seu governo até agora. “Estabelecemos várias parcerias com a sociedade de São Miguel do Oeste no sentido de que a gente pudesse fazer um direcionamento daquele recurso que é do município para as atividades fins”, explica. Uma das parcerias que está sendo articulada é a reivindicação do curso de medicina para o município. “Acho que São Miguel do Oeste merece porque estamos numa distância muito grande do primeiro curso de medicina, mais de 130 quilômetros, com a estrada ruins que temos. Temos dois cursos de medicina em Chapecó, em Joaçaba há muito tempo. Então, vamos fazer uma luta muito grande. No mês de agosto vamos a Brasília, já está pré-agendada uma reunião com o ministro da Educação, onde vamos levar dados da região, para solicitarmos a liberação do curso, para, aí então, a Universidade que quiser implantar, se inscrever no programa do Governo Federal. Ou a Unoesc, ou outra universidade pública, ou outra universidade que venha e implante esse curso, que será um ganho para São Miguel do Oeste”, argumenta.“Muito mais que apoio financeiro para as empresas, tem que dar condições de infraestrutura para se estabelecer. O empresário hoje não quer muita coisa, ele quer condições para trabalhar, ele não quer ser atrapalhado” Wilson TrevisanAinda dentro desse trabalho de parcerias, Trevisan revela que o Executivo aguarda a aprovação na Câmara do projeto de lei que regulamenta o programa “Minha Rua Mais Bonita”, onde o objetivo é firmar parcerias com pessoas físicas ou jurídicas para fazer a jardinagem da cidade. “Lembro que no passado se falava em torno de R$ 40 mil ou R$ 50 mil por mês que se gastava para jardinagem. Vamos fazer isso praticamente sem custo, com essa parceria, assim que a Câmara aprovar a lei, onde uma empresa ou pessoa física adota um canteiro, uma rótula, uma rua, e, com isso, pode ir lá e colocar o nome dele ou da empresa, que está apoiando o projeto e ajudando nesse processo de jardinagem. Já temos todas as rótulas adotadas, só aguardando a aprovação da lei. Temos vários canteiros em frente às empresas, em frente às residências, que já estão adotados e vão ser implantados. Isso reduz bastante o custo do município e dá aquela participação efetivas às pessoas que querem ajudar. O município não vai mais conseguir resolver os problemas sozinho, sem o apoio das entidades, sem o apoio da imprensa, sem o apoio da comunidade, das empresas que têm potencial de ajudar. Nosso dever como poder público é instigar que a sociedade participe mais, e assim o município possa aplicar o dinheiro que é para creche, que é para remédio, para merenda escolar de qualidade, para exames, estradas, ou agilizar consultas de especialidades. Fazer a aplicação do recurso efetivamente onde dá resultado, afinal, o município é de todos.Para os próximos seis meses, o prefeito revelou que a meta é quitar os restos a pagar, herdados do governo passado. A previsão era de 18 meses, mas Trevisan acredita que poderá ser feito em menos tempo. 
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