Tempestade tropical formada na costa sul do país pode passar a ser nomeada como Furacão caso os ventos ultrapassarem 119 km/h
Fonte: SCC
Última atualização: 2024/02/21 10:39:13Segundo a MetSul Meteorologia, entre o final do domingo, dia 18, e as primeiras horas desta segunda-feira, dia 19, a tempestade tropical Akará se desenvolveu na costa do Sul do Brasil, resultante do aprofundamento de um centro de baixa pressão que anteriormente passara pelos estágios de depressão subtropical e depressão tropical.
Este evento representa um dos raros episódios de tempestade tropical, estágio precedente ao de um furacão em ciclones tropicais, registrados até hoje na costa brasileira.
Na madrugada desta segunda-feira, dia 19, Akará estava em fase de intensificação sendo uma tempestade tropical na costa do Sul do Brasil. Segundo os registros da NOAA, a agência de tempo e clima dos Estados Unidos, às 3h desta segunda-feira, encontrava-se nas coordenadas -29ºS e 42,3ºW, com pressão mínima central de 997 hPa, portanto em alto-mar, a Leste do Litoral Norte do Rio Grande do Sul e do Litoral Sul de Santa Catarina.
A análise da NOAA por satélites indicou que a tempestade intensificou-se de 2.0 para 2.5 na técnica de Dvorak de ciclones tropicais, elevando o sistema de depressão subtropical para tempestade tropical. O valor 2.5 corresponde a ventos sustentados de 35 nós ou 65 km/h. Um ciclone tropical com ventos sustentados entre 63 km/h e 119 km/h é classificado como tempestade tropical. Caso os ventos sejam acima de 119 km/h, podem caracterizar um furacão.
Tempestade Tropical Akará formada na costa brasileira intensificada na madrugada desta segunda-feira, dia 19, pode se tornar furacão
A tempestade tropical Akará recebeu seu primeiro nome da nova lista de ciclones e será denominada desta forma a partir deste momento, sendo “Akará” uma espécie de peixe na língua Tupi.
Os episódios de tempestades tropicais na costa do Brasil têm sido raros neste século, com apenas quatro eventos registrados. Em 2004, antes de tornar-se um furacão, Catarina passou pelo estágio de tempestade tropical. Em 2010, embora alguns trabalhos acadêmicos a classifiquem como tempestade subtropical, a MetSul e parte da comunidade especializada em ciclones dos Estados Unidos entendem que Anita foi uma tempestade tropical.
Mais recentemente, ocorreram outras duas tempestades tropicais no litoral do Brasil, Iba e outra que não foi nomeada pela Marinha brasileira. A tempestade tropical Iba, em março de 2021, formou-se a partir de um sistema de baixa pressão que se aprofundou após a passagem de uma frente fria na costa da Bahia, sem causar danos significativos.
A tempestade tropical 01Q, em fevereiro de 2021, ainda não nomeada pela Marinha do Brasil e que foi classificada como tempestade tropical pela NOAA, atuou sem causar danos a uma grande distância da costa, ao largo dos litorais gaúcho e do Uruguai.
deixe seu comentário