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Trabalho de retirada dos 62 corpos de vítimas de queda do avião termina, diz Defesa Civil

Os trabalhos foram concluídos por volta das 18h30min deste sábado

NSC

Última atualização: 2024/08/11 9:26:35


ATR-72 da Voepass saiu de Cascavel (PR) e tinha como destino o Aeroporto de Guarulhos (SP) (Foto: Defesa Civil, Divulgação)

A Defesa Civil de São Paulo confirmou, na tarde deste sábado (10), que os corpos das 62 vítimas da queda do avião já foram todos retirados do local do acidente. Os trabalhos foram concluídos por volta das 18h30min.

Ao todo, das 62 vítimas, 34 são homens e 28 são mulheres. Os cadáveres foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo para identificação e liberação às famílias. Até o momento, 50 corpos já foram enviados ao IML na capital paulista. Sendo que 30 corpos foram necropsiados e radiografados. O restante está a caminho do local.

Após o ocorrido, o estado de São Paulo decretou luto oficial de três dias em homenagem às 62 vítimas que estavam no voo que saiu Cascavel (PR) com destino ao aeroporto de Guarulhos. O acidente ocorreu no interior de Vinhedo.

O governo paulista reservou acomodações em um hotel na região central da capital para os familiares das vítimas que chegam à capital para o reconhecimento dos corpos. Cerca de 40 famílias já foram recebidas e estão sendo atendidas no local. A Secretaria de Desenvolvimento Social monitora os atendimentos.

Após a acomodação no hotel, onde também recebem acompanhamento psicológico, os familiares são encaminhados ao Instituto Oscar Freire, onde são acolhidos por equipes da Defesa Civil do Estado. Os familiares também são orientados sobre os documentos médicos que podem auxiliar na identificação dos corpos, além da coleta de materiais biológicos para a realização de exames genéticos, quando necessário.

As famílias de vítimas que residem em Cascavel, no Paraná, e na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e não quiserem se deslocar até a capital paulista, podem se apresentar aos núcleos de IML locais para a realização do atendimento, entrega de documentação e coleta de material biológico.

Investigação

Por nota, a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), informou que os dois gravadores de voo, popularmente conhecidos como caixas-pretas, o Cockpit Voice Recorder (CVR – gravador de voz da cabine) e o Flight Data Recorder (FDR – gravador de dados de voo) foram transferidos para análise em um laboratório de Brasília na manhã deste sábado.

Os trabalhos preliminares de preparação, extração e degravação de dados foram iniciados pelos investigadores e devem prosseguir, de maneira ininterrupta, pelas próximas horas, segundo a FAB. Apesar disso, no entanto, não há um prazo para a conclusão dos trabalhos.

Nesta fase de análise, serão examinadas as atividades relacionadas ao voo, o ambiente operacional e os fatores humanos, bem como um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas, infraestrutura, entre outros.

No texto, o Cenipa destacou a intenção e previsão de divulgar, no prazo estimado de 30 dias, o relatório preliminar do acidente aeronáutico.

O que se sabe do acidente

Dentre os 58 passageiros, três eram venezuelanos e uma pessoa era de Portugal. Eles foram identificados como Josgleidys Gonzalez, Joslan Perez, Maria Parra, da Venezuela, e a portuguesa Gracinda Marina.

Além dos estrangeiros, ao menos três catarinenses morreram no acidente. Um deles é o engenheiro sanitaristas Paulo Henrique Silva Alves, de 41 anos, nascido em Florianópolis. Rafael Fernando dos Santos e a filha Liz Ibba dos Santos também estavam no voo COO 2283. Rafael tinha 41 anos e foi buscar a menina de 3 anos em Cascavel, onde ela morava com a mãe, para passarem juntos o Dia dos Pais.

Esse é considerado o maior acidente aéreo da história do país em 17 anos, desde a tragédia com a aeronave da TAM em 17 de julho de 2007, que vitimou 199 pessoas.

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