Durante todo o mês de outubro e novembro, no norte da Itália, numa pequena cidade chamada Alba, acontece todos os anos Feira Nazionale Del Tartufo Bianco d’Alba, o festival do tartufo branco de Alba. A festa acontece há quase 90 anos, no coração do Piemonte. Essa pequena aldeia medieval abriga também importantes vinícolas, e o festival fica recheado de iguarias e excelentes vinhos.
O tartufo, em italiano, também conhecido como trufa, é um fungo que cresce espontaneamente debaixo da terra. Existem nove variedades, mas o Tuber Magnatum Pico, o tartufo branco de Alba, é o mais famoso, raro e caro. O valor de um quilo pode chegar a 6 mil euros, mas varia muito devido a qualidade. O fato desse fungo crescer apenas no norte da Itália já o torna bem raro. Como o mundo dos vinhos, a qualidade das trufas é regulamentada por uma ‘Carta di Qualità del Tartufo Bianco’ e garantidas pela ‘Associazione Nazionale Città del Tartufo’.
O ‘caçador’ de tartufo, conhecido como ‘trifolao’ ou ‘tartufaio’ utiliza cães treinados para farejar a iguaria. Porcas também podem ser usadas, uma vez que o aroma do cogumelo é semelhante ao da saliva do porco macho. Mas os cães são os melhores caçadores porque não gostam de comer as trufas.
Utilizada na culinária normalmente como tempero, pode ser ralado ou cortado em finíssimas fatias. O modo mais frequente de uso é aromatizando o prato com azeite de tartufo. Algumas gotas são suficientes. Seu cheiro forte, penetrante e persistente, que lembra gás, aos desavisados, mas as notas de alho, queijo envelhecido, especiarias e ervas são muito marcantes. No palato é picante e desperta o apetite.
O desafio é harmonizar um vinho com pratos trufados. O que é bem complicado. A sugestão diz que podem ser espumantes, brancos ou tintos, desde que sejam intensos, em aroma e sabor, para que o sabor acentuado da trufa não apague o vinho. De todo modo o tartufo branco sempre deixa duas opções: ou você ama, ou detesta. Faça o teste.
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