O que você procura?

Home Trump faz sua primeira aparição oficial desde que perdeu as eleições

Trump faz sua primeira aparição oficial desde que perdeu as eleições

Presidente permaneceu trancado na mansão presidencial desde o último sábado

Última atualização: 2020/11/11 4:44:08


Donald Trump compareceu ao Cemitério Nacional de Arlington nesta quarta-feira | Foto: Brendan Smialowski / AFP / CP


Em sua primeira aparição oficial pós-eleitoral, o presidente americano, Donald Trump, compareceu nesta quarta-feira ao Cemitério Nacional de Arlington, em um dia de união nacional para marcar o Dia dos Veteranos, em meio a sua recusa em reconhecer a vitória de Joe Biden. Em cerimônia ocorrida debaixo de chuva, no estado da Virgínia, o presidente optou por não fazer nenhuma declaração à imprensa.


Em comunicado escrito previamente, declarou: “Desfrutamos dos privilégios de paz, prosperidade e liberdade graças aos nossos veteranos, e estaremos sempre em dívida com eles de forma incalculável”.


Por sua vez, o democrata Joe Biden marcou presença no memorial da Guerra da Coreia localizado na Filadélfia, Pensilvânia. Também por meio de um comunicado, o líder democrata recordou a dívida do povo americano com suas forças armadas. A “única obrigação verdadeiramente sagrada” da nação, afirmou o presidente eleito, é “preparar e equipar as tropas que enviamos para o perigo e cuidar delas e de suas famílias quando voltarem para casa”, ressaltou Biden.


A cerimônia em homenagem aos veteranos ocorre quatro dias depois de a mídia americana ter declarado, com base em projeções de resultados oficiais, que seu rival democrata será o próximo inquilino da Casa Branca. Desde então, Trump falou à nação apenas por meio do Twitter e não aceitou sua derrota para Biden, como ocorre tradicionalmente nos Estados Unidos quando se projeta um vencedor em uma eleição.


E, em meio a números recordes de casos da Covid-19 em todo país, e com os estados impondo novas restrições para prevenir a propagação do vírus antes do inverno, Trump parece ter deixado de lado as funções presidenciais usuais. Em vez disso, o republicano permaneceu trancado na mansão presidencial, argumentando que será o vencedor e abrindo processos que têm como principal alegação eventos de fraude eleitoral. A justificativa usada por Trump permanece frágil.


Twitter 


No início da quarta-feira, ele tuitou novas alegações não comprovadas sobre vitórias e fraudes eleitorais, apesar do consenso de observadores internacionais, de líderes mundiais, das autoridades eleitorais locais e da mídia americana de que o processo eleitoral de 3 de novembro ocorreu de forma transparente, e que não há alegações críveis de fraude.


Trump disse que uma pesquisa “possivelmente ilegal” pouco antes do dia da eleição o mostrava 17 pontos atrás de Biden em Wisconsin, quando, segundo ele, a corrida estava empatada e, agora, ele estava no caminho da vitória. “Muitos desses casos ‘deploráveis’!”, ressaltou no Twitter. Biden foi declarado o vencedor em Wisconsin.


Alguns republicanos estão aderindo aos apelos crescentes para que o presidente assuma sua derrota. Especialistas alertam que sua recusa prejudica o processo democrático e atrasa a transição para um governo Biden, cuja posse está marcada para 20 de janeiro de 2021.


Entre eles, está o secretário de Estado republicano de Montana, Corey Stapleton, que destacou as “coisas incríveis” que Trump realizou durante seu governo. “Mas esse tempo acabou. Tire o chapéu, morda o lábio e parabenize @JoeBiden”, tuitou.


Ainda assim, algumas das figuras mais poderosas do Partido Republicano, incluindo o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o líder do Senado, Mitch McConnell, parecem estar apoiando Trump em sua tentativa de minar a vitória de Biden.


“Haverá uma transição suave para um segundo governo Trump”, disse Pompeo na terça-feira durante uma entrevista coletiva por alguns momentos tensa. Já McConnell declarou que o presidente está “100% dentro de seus direitos” de contestar a eleição na Justiça. 

Donald Trump compareceu ao Cemitério Nacional de Arlington nesta quarta-feira | Foto: Brendan Smialowski / AFP / CP

deixe seu comentário

leia também