Conheça a “Morena”, jiboia de estimação do biólogo Jackson Preuss. O animal é habituado com a convivência humana, foi criada em cativeiro legalizado e se alimenta de roedores de médio porte a cada 25 dias, além de possuir recinto específico para a rotina
Os adeptos aos pets não convencionais crescem a cada ano e animais como cobras e aranhas ganham espaço na rotina humana, substituindo os tradicionais e gerando curiosidade sobre a rotina, cuidados e formas de aquisição. O biólogo Jackson Preuss, de 31 anos, reside em São Miguel do Oeste e possui um animal de estimação nada convencional, uma jiboia de cerca de sete anos e dois metros de comprimento, carinhosamente apelidada de “Morena”, devido aos traços e coloração da sua pele.
Jackson explica que devido a sua profissão, sempre teve contato com répteis no trabalho, mas a oportunidade de adotar a jiboia veio há cerca de um ano. “Eu sempre tive a oportunidade de trabalhar com répteis e anfíbios, mas adquirir a jiboia foi possível há cerca de um ano. Ela já tinha outro dono, pois foi criada em cativeiro legalizado e já estava habituada com a convivência humana. É importante frisar que ela não foi retirada da natureza, ela foi comprada como qualquer outro animal doméstico, e também não posso reproduzir, isso é feito obrigatoriamente em cativeiro legalizado. Hoje uma jiboia filhote custa de R$ 2.800 a R$ 7 mil para aquisição”, ressalta.
O biólogo destaca que a rotina do animal é monótona, porém alguns cuidados especiais são necessários. “Se comparado a um animal doméstico tradicional, como um cachorro ou um gato, a jiboia tem uma rotina bem monótona, apesar das suas peculiaridades. Ela fica em um ambiente preparado com iluminação, temperatura e umidade controlada para a saúde dela, e é alimentada a cada 25 dias com roedores de médio porte já abatidos. Não dou animais vivos para ela para evitar acidentes, pois ela pode confundir a minha mão com um animal vivo quando eu for retirar ela da caixa, então prefiro evitar esses acidentes. E ela não fica solta pela casa, tem um recinto específico. Não é uma espécie que precisa de cuidados diários”, explica.
Apesar de gerar um certo medo nas pessoas, essa espécie de jiboia não possui veneno. “Como todo animal doméstico, se ela se sentir ameaçada ela oferece um risco a quem estiver manuseando, mas essa espécie não possui veneno, o que ela pode causar é o ferimento da mordida. Essa espécie, costuma matar por asfixia, ou seja, ela se enrola e comprime a presa. Mas no geral é bem tranquilo, ela é bem calma e em locais com aglomeração de pessoas eu não costumo deixar a cabeça dela solta, para evitar botes”, esclarece o biólogo.
Jackson conta que a presença da cobra já gerou dúvidas e medo aos vizinhos. “Existe um certo preconceito com os pets não convencionais, quando eu me mudei para esse local que resido hoje algumas pessoas ficaram com receio e vieram buscar informações sobre a rotina dela, além da curiosidade em saber como é ter uma jiboia de estimação. Mas hoje já está tranquilo, as pessoas fazem até piada com isso”, finaliza Preuss.
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