A Unoesc São Miguel do Oeste participará, no próximo dia 22, das atividades alusivas ao Dia Mundial da Água, na área coberta da Praça Walnir Botarro Daniel, em conjunto com outras instituições
SÃO MIGUEL DO OESTE
Professora Eliandra ministrou palestra para alunos da Escola São João Batista
A Unoesc São Miguel do Oeste
participará, no próximo dia 22, das atividades alusivas ao Dia Mundial da Água,
na área coberta da Praça Walnir Botarro Daniel, em conjunto com outras instituições.
O público que passar no local, no horário compreendido das 9h às 17h, poderá
visualizar no microscópio os diferentes tipos de bactérias e protozoários que
podem estar presentes na água contaminada. Segundo a bióloga, professora Eliandra
Rossi, por trás de um copo de água com ausência de cor, odor e gosto podem se
esconder micro-organismos invisíveis ao olho nu. “Por isso, é importante
que seja feita a análise da água das residências a cada seis meses”, recomenda
a professora.
A atividade também tem o objetivo de
conscientizar a população que esses cuidados devem ser tomados o ano inteiro e
não somente no mês de março. Além das análises, a população precisa fazer a
limpeza das caixas, no mínimo a cada seis meses. A falta de limpeza e
desinfecção de filtros e caixas também interferem negativamente na qualidade da
água. “A ingestão de água livre de microorganismos é importante para se evitar
a disseminação de diversas doenças”, alerta a professora.
Palestras nas
escolas
Durante esta semana, a Unoesc também
está desenvolvendo palestras em escolas da rede estadual de ensino de São
Miguel do Oeste. Os alunos são convidados a refletirem sobre a qualidade da
água na região, a partir dos resultados obtidos em pesquisas, trabalhos de conclusão
de curso (TCC) e atividades de extensão desenvolvidas por acadêmicos da Unoesc.
“Nas palestras, discutimos os fatores responsáveis pela contaminação dos
mananciais e sugerimos medidas preventivas e corretivas para melhorar a
qualidade da água consumida, ressaltando a importância das ações de cada
cidadão”, informa Eliandra.
A aluna da sétima série da Escola de Educação
Básica São João Batista, Luana Keller, diz que a palestra chamou a atenção
sobre a responsabilidade de cada um na preservação dos mananciais hídricos.
“Volto para casa mais consciente sobre a importância de cuidar da
qualidade da água. Além disso, poderei compartilhar esses conhecimentos com
meus amigos e familiares”, relata a aluna.
As escolas São João Batista e
Guilherme Missen participaram das palestras na semana passada. Nesta semana, a
atividade envolverá as escolas São Miguel, Santa Rita, Jaldyr Faustino da
Silva, São Sebastião, Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e Cedup.
Qualidade da água:
compromisso da Unoesc com a região Extremo-oeste
Desde 2003, quando a Unoesc
implantou o serviço de análise microbiológica, até 2016, foram realizadas 1.999
análises para a população em geral, prefeituras, sindicatos, hotéis, serviços
de alimentação, hospitais, farmácias, escolas e condomínios.
No período compreendido entre 2003 a
2009, o número de amostras impróprias para o consumo foi igual ou superior ao
número de amostras próprias. O ano de 2004, foi o período em que o Laboratório
de Microbiologia mais recebeu amostras impróprias para o consumo – foram 223
amostras. A professora Eliandra Mirlei Rossi explica que, naquele ano, o
laboratório recebeu um número elevado de amostras provenientes de mananciais
hídricos superficiais. Além disso, em 2004, poucas pessoas da região conheciam
ou faziam a análise da água que consumiam, não adotando práticas para melhorar
ou manter a qualidade.
A partir de 2010, graças a um
intenso trabalho de conscientização da Unoesc, os dados começaram a apontar uma
nova realidade. A população do Extremo-oeste começou a ficar mais preocupada em
cuidar da qualidade da água e essa mudança de comportamento refletiu no
resultado das análises feitas pelo laboratório. Desde 2010, o percentual de
amostras próprias para o consumo é superior ao de amostras impróprias. Em 2015,
o percentual de amostras próprias para o consumo chegou a quase 80%. No ano
passado, 70% das análises foram consideradas próprias para o consumo.
Todo ano, a Unoesc desenvolve diversos
projetos de pesquisa, trabalhos de conclusão de curso (TCC) e de especialização
para atender a população carente, que nunca fez a análise da água. “Após a
realização de cada projeto, são repassados à comunidade os resultados e
orientações de como manter ou melhorar a qualidade da água consumida”,
detalha a professora Eliandra Rossi.
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