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USP procura voluntários para vacina contra HIV

Segundo o infectologista do Hospital das Clínicas (HC) Ricardo Vasconcelos, a vacina induziu uma redução de 70% das chances de contrair o HIV após testes em macacos. Nos testes em humanos, houve a produção de anticorpos de imunidade, mas ainda resta saber se são eficazes em proteger contra a infecção do HIV.

Última atualização: 2020/12/03 7:45:05


Técnica injeta informações genéticas do HIV em um vírus inofensivo, para gerar uma resposta imune do organismo. Imagem: Spectral-Design/Shutterstock


Uma vacina contra o HIV, que está sendo produzida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e já apresentou bons resultados em animais, está pronta para ser testada em voluntários. A pesquisa, chamada Mosaico, já foi aprovada pela fase pré-clínica, animal, e fases 1 e 2 em humanos.


Segundo o infectologista do Hospital das Clínicas (HC) Ricardo Vasconcelos, a vacina induziu uma redução de 70% das chances de contrair o HIV após testes em macacos. Nos testes em humanos, houve a produção de anticorpos de imunidade, mas ainda resta saber se são eficazes em proteger contra a infecção do HIV.


Para esta fase, o projeto precisa de voluntários que sejam homens gays ou bissexuais cisgêneros e homens ou mulheres transexuais entre 18 e 60 anos. Os interessados podem entrar em contato com o Programa de Educação Comunitária da USP pelo Instagram ou pelo e-mail agendamento.estudos@gmail.com.


De acordo com o pesquisador, os voluntários de uma vacina devem ser pessoas vulneráveis ao vírus, assim como profissionais de saúde vêm sendo testados para as vacinas contra a Covid-19. Além do estudo com voluntários no Brasil, testes estão sendo realizados na África Subsaariana, onde o grupo de pessoas vulneráveis é de mulheres cisgêneros heterossexuais jovens.


A vacina trabalha com a tecnologia de vetor, que injeta informações genéticas para produção de proteínas do HIV dentro de um vírus que não afeta seres humanos. Quando o indivíduo é inoculado, o vírus multiplica dentro do organismo, fazendo com que o corpo produza uma resposta imune contra proteínas do HIV sem nunca ter tido contato com ele de fato.

Técnica injeta informações genéticas do HIV em um vírus inofensivo, para gerar uma resposta imune do organismo. Imagem: Spectral-Design/Shutterstock

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