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Vice pede cancelamento de contrato para construção de hospital de campanha em SC

Informação foi divulgada na rede social da deputada-federal Carla Zambelli (PSL) e compartilhada pela vice-governadora Daniela Reinehr, que se manifestou nesta quarta-feira a (14)

Última atualização: 2020/04/16 7:21:48

Post publicado pela deputada-federal Carla Zambelli (PSL) e compartilhado pela vice-governadora – Foto: Reprodução/Instagram/ND


A vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr, solicitou o cancelamento do contrato de construção do hospital de campanha que será instalado em Itajaí. A informação foi divulgada na rede social da deputada-federal Carla Zambelli (PSL) e compartilhada pela vice-governadora na terça-feira (14). A postagem compartilhada, no entanto, foi deletada na manhã desta quarta-feira (15).

O post informa que Daniela Reinehr teria pedido a adesão ao modelo do governo federal, que custeará a construção de um hospital de campanha no município de Águas Lindas, em Goiás. A unidade hospitalar custará R$ 10 milhões.

Já o hospital de campanha catarinense, que atenderá pacientes de Covid-19 e deve contar com 100 leitos de UTI, terá um custo de R$ 76 milhões. O dinheiro, que vem de uma verba complementar, irá custear estrutura, equipamentos e os salários dos profissionais de saúde. O valor é proveniente do Fundo Estadual da Saúde.

Mais tarde, na quarta-feira, a vice governadora publicou uma nota em sua conta no Facebook. Acompanhe na íntegra:

Em razão da contestação e questionamentos já levantados, inclusive pela mídia em geral, acerca da instalação do Hospital de Campanha em Itajaí e por responsabilidade do cargo que ocupo, apresento aos catarinenses minhas considerações, que visam acelerar a instalação de hospitais de emergência em Santa Catarina, com integridade e transparência, visto que não se pode correr o risco do contrato ser cancelado ou interrompido futuramente por impugnações, demandas judiciais, contestações. Há grande preocupação com a lisura e transparência do processo, evitando qualquer tipo de suspeição que possa trazer sérias consequências, como a não efetivação do serviço.

Com esses objetivos, expedi ao Governador Ofício que, no seu bojo, apresenta minhas preocupações com ações do Governo de Santa Catarina em momento tão delicado. Os agentes da administração pública, são os responsáveis pelas decisões atuais e serão julgados no presente e no futuro. E não podem pairar dúvidas sobre os contratos firmados.

Os catarinenses não podem aguardar eventuais discussões quando precisamos de atendimento emergencial, ainda mais quando se trata de uma crise como esta e em havendo outras possibilidades. Cabe ao Governador, o discernimento para atender da melhor maneira as necessidades que poderão surgir nos próximos meses, trazendo transparência e celeridade em todos os processos e segurança na execução dos contratos, não deixando pairar dúvidas a respeito de diferenças com valores ou nos procedimentos ora facilitados em razão da calamidade.


Valor superior ao hospital modelo

Sem dinheiro do governo federal, a obra tem valor alto se comparada ao hospital de campanha-modelo, que está construído em Águas Lindas, cujo valor é destinado apenas para a construção da estrutura, cabendo ao governo de Goiás, os custos com equipamentos, materiais e folha salarial.

O chefe da Defesa Civil de Santa Catarina, João Batista Cordeiro Júnior, justificou o valor, dizendo que a estrutura provisória montada, na região do Vale do Itajaí, inclui todos os custos para sua manutenção.

Como o hospital será erguido dentro do Centro de Eventos de Itajaí, o pavilhão da Marejada, o custo com edificação é de aproximadamente R$ 600 mil, segundo o Estado. Além disso, são R$ 18 milhões em 43 tipos de equipamentos e R$ 33,6 milhões em insumos.

Outros R$ 22,2 milhões vão para o pagamento de salários dos 450 profissionais que vão atender no hospital de campanha e mais R$ 3 milhões com custos indiretos, como alimentação dos pacientes, por exemplo.

O valor irá manter a estrutura em funcionamento durante seis meses, com atendimento 24 horas para pacientes com Covid-19.

Denúncia de irregularidade

A licitação para a construção do hospital de campanha em Itajaí pelo governo do Estado foi um dos principais questionamentos feitos durante a sessão da Comissão de Saúde, na tarde de terça-feira em videoconferência, ao secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino.

O custo da construção e a lisura do processo chamaram a atenção dos deputados. Os parlamentares catarinenses questionaram a forma como se deu a licitação, o contrato entre o Hospital Espírita Mahatma Gandi e a Secretaria de Estado da Saúde e o fato da Defesa Civil estar à frente do processo licitatório.

Os questionamentos acabaram levando o Ministério Público a instaurar uma notícia de fato para analisar o contrato do hospital de campanha.

Post publicado pela deputada-federal Carla Zambelli (PSL) e compartilhado pela vice-governadora – Foto: Reprodução/Instagram/ND
Vice-governadora, Daniela Reinehr – Foto: Reprodução/Facebook/ND

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