Para empresários, setor deve sofrer mudanças após pandemia. Criação de canais de vendas pela internet é a principal aposta
Em maio, os reforços com cuidados de higiene (26,1%) e a
venda por tele-entregas (16,8%) foram as medidas mais adotadas pelos
comerciantes catarinenses para minimizar os impactos da pandemia de
Coronavírus. As duas ações já eram as mais citadas pelos empresários em abril.
A terceira medida mais adotada foi a intensificação de canais de vendas online,
que saltou de 6,1% no mês anterior para 13,9% em maio, uma alta de 113,9%.
Para a maioria dos comerciantes essas adaptações vieram para
ficar: 76,8% acreditam que haverá mudanças nas empresas pós-pandemia. A
principal aposta é a criação de novos canais de distribuição e vendas digitais,
que foi citada por 52,5%. Em seguida estão a diversificação do cliente (11,9%),
o desenvolvimento de novos produtos (8,6%) e a criação de uma nova cultura nos
consumidores (7,9%).
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC), que realizou o estudo, apesar dos
comerciantes estarem cientes e se preparando para as mudanças no setor, o
cenário ainda é de insegurança.
“A opção ‘outros’ citada por
12,6% diz respeito à opções não categorizáveis ou com apenas um citação, como mudança de segmento e
readequações na relação com fornecedores, o que novamente aponta para o grau de
incertezas com a qual os empresários precisam lidar”, explicou a entidade
em relatório.
Apesar dos empresários estarem confiantes nas mudanças para
o setor, especialmente no que diz respeito as vendas online, parte dos
consumidores não está disposto a mudar seu comportamento: 44,2% afirmou que não
realizou compras pela internet durante a pandemia e não deve fazer em um futuro
próximo.
Impactos para os consumidores
A pesquisa também apontou os impactos causados pela pandemia
na vida dos consumidores. Financeiramente, 47,8% afirmaram que a sua situação
está pior do que a do ano passado. Já para 29,1% a situação está igual e 23,2%
vivem um momento financeiro melhor do que em 2019.
No âmbito profissional, os principais impactos em maio são a
suspensão/redução das atividades (empresários e autônomos), citada por 20% dos
entrevistados. Em seguida vem o regime de teletrabalho (10,1%) e a redução do
salário e da jornada de trabalho (10,1%).
Já na vida pessoal, o distanciamento social e o afastamento
dos familiares são os fatores que mais têm pesado durante a pandemia (45,2%).
As outras respostas mais citadas foram o abalo emocional/psicológico (8,2%), os
cuidados com a higiene (7,9%) e a insegurança financeira (7,4%).
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