Ministério mostrou esboço, com a definição das dosagens, a Jair Bolsonaro. Documento trará ainda a proposta de combinação com outros medicamentos
O novo protocolo do Ministério da Saúde sobre o uso da
cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19 prevê o uso do
medicamento para pacientes com sintomas leves, bem como crianças, gestantes e
mulheres que tiveram filhos recentemente.
A informação foi confirmada ao blog por fontes oficiais da
pasta sob condição de anonimato.
Além de indicar o público-alvo, o novo protocolo também vai
indicar a dosagem apropriada. A recomendação das dosagens será tanto para as
crianças, pacientes adultos, gestantes, como também para pacientes em estados
leve, moderado e grave da doença.
O documento trará ainda a proposta de combinação da
cloroquina e da hidroxicloroquina com outros medicamentos.
Ontem, o presidente Bolsonaro já recebeu um esboço do
documento do general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde.
Para ser publicado, esse protocolo precisa da validação de
todos os parâmetros técnicos, tanto para a dosagem como a aplicação da droga.
Desta vez, de forma extraordinária, a proposta será apresentada ao presidente
da República.
Respaldo do Conselho Federal de Medicina
O protocolo terá como base a liberação estabelecida pelo CFM
(Conselho Federal de Medicina) em 23 de abril. Naquela ocasião, o presidente do
Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro, disse, no Saguão do Palácio do
Planalto, que “não existe nenhuma evidência científica forte que sustente o uso
da hidroxicloroquina para o tratamento da covid.”
Ribeiro, porém, disse que “existem estudos observacionais
que têm pouco valor científico, mas são importantes”. Baseado nisso o CFM
liberou o uso de hidroxicloroquina para os médicos brasileiros em 3 situações:
1) paciente crítico, internado em terapia intensiva já com
lesão pulmonar estabelecida com reação inflamatória sistêmica em que todas as
evidências são de que a hidroxicloroquina não tem nenhum tipo de ação nesse
paciente, mas ela pode ser usada pelos médicos por uso compassivo, uso por
compaixão. Ou seja, paciente está praticamente fora de possibilidade
terapêutica e o médico com autorização dos familiares pode utilizar essa droga.
2) paciente chega com sintomas no hospital. Existe um
momento de replicação viral e que essa droga pode ser usada pelo médico desde
que ele tenha o consentimento do paciente ou dos familiares. Médico sendo
obrigado a explicar para o paciente que não existe nenhuma evidência de
benefício da droga e que a droga pode também ter efeitos colaterais
importantes.
3) no início dos sintomas, sintomas leves tipos de uma
gripe, no caso o médico pode utilizar também descartando a possibilidade que o
paciente tem influenza A ou influenza B que são aos gripes normais ou dengue ou
H1N1 e também uma decisão compartilhada com o paciente que o médico explique
para o paciente que não existe nenhum benefício provado dessa droga pro uso da
covid explicando também os riscos que a droga apresenta. Os riscos são baixos,
mas eles existem.
Ontem, a Record TV procurou o Conselho Federal de Medicina
para voltar a falar sobre o assunto, mas a entidade se recusou a falar e não
trata mais desse assunto.
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