As penas ultrapassaram 42 de prisão
O Poder Judiciário da Comarca de Cunha Porã publicou
sentença penal condenatória de dois homens e uma mulher em razão da prática dos
crimes de associação criminosa, receptação qualificada e tráfico ilegal de
droga (cocaína).
As penas ultrapassaram 42 de prisão. A mulher poderá
recorrer em liberdade, enquanto os dois homens, presos desde a operação
desencadeada em março de 2018, permanecem presos preventivamente.
Sobre a Operação
A Polícias Civil, por meio da Divisão de investigação
Criminal de São Miguel do Oeste, desarticulou uma associação criminosa com
atuação em oito estados, incluindo Santa Catarina, cuja célula criminosa era no
município de Cunhã Porã.
Conforme o delegado Cléverson M?ller, então coordenador da
Divisão de Investigação Criminal e que presidiu a investigação, apurou-se que
veículos locados não eram devolvidos e passavam por um processo fraudulento de
transferências de propriedade. Pelo menos três locadoras de veículos foram
vítimas.
Conforme a investigação, a organização fazia um levantamento
prévio dos veículos, efetuava a locação e adulteravam o recibo de transferência
e os documentos necessários para a mesma. De posse do veículo e dos documentos
falsos, os criminosos levavam os automóveis para a cidade de Marabá, no Pará,
onde era feita a transferência e o veículo saía com um documento autêntico do
Detran. O nome utilizado nesta primeira transferência era de uma pessoa
falecida em 2014.
Com este documento oficial, os veículos vinham para a região
e eram transferidos para o nome de um dos investigados e, posteriormente,
revendidos para terceiros de boa-fé.
De 12 veículos suspeitos, sete foram transferidos para o
investigado na região, que revendeu os veículos como legais, porém com a
documentação fraudulenta.
Na região, especificamente, o foco foi a célula da quadrilha
que revendia os veículos, estes praticamente novos e comercializados bem abaixo
do preço de tabela e com condições diferenciadas de pagamento.
Oito veículos foram apreendidos pela DIC.
Em um dos veículos apreendidos, em março de 2018 em
Maravilha, foi localizado mais de um quilo de cocaína, droga que fracionada
poderia render mais de R$ 300 mil aos criminosos. A investigação apontou ainda
que a droga seria distribuída na região de Maravilha e Cunha Porã e Noroeste
gaúcho.
Somente em veículos, o esquema movimentou quase R$ 700 mil.
Já, levando em consideração a comercialização final dos carros, os criminosos
movimentaram mais de R$ 1 milhão.
Por fim, a investigação apontou que outros 13 veículos estavam com a fraude concluída e prontos para a comercialização ilegal na região, ato impedido após ser deflagrada a ação da Polícia Civil catarinense que teve apoio da PRF e de polícias de outros estados.
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