Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal realizasse busca e apreensão na casa de pessoas que postaram mensagens contra o Supremo
O ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de contas em redes
sociais e do WhatsApp de sete pessoas investigadas por publicarem ofensas
contra a Corte. Em decisão sigilosa, o magistrado diz que foram verificadas
mensagens com “conteúdo de ódio e de subversão da ordem” direcionadas ao STF.
Os suspeitos foram alvos de buscas e apreensões realizadas pela Polícia Federal
no Distrito Federal, em Goiás e em São Paulo nesta terça-feira, 16.
A medida é resultado de uma
investigação instaurada a pedido do presidente da Corte, ministro Dias
Toffolli, em 14 de março. O objetivo desse inquérito, relatado por Moraes, é
apurar notícias falsas, denunciações caluniosas e ameaças que “atingem a
honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e
familiares”. Uma das postagens que entraram na mira do STF foi publicada por um
policial civil do estado de Goiás com o seguinte teor: “O nosso STF é
bolivariano, todos alinhados com os narcotraficantes e corruptos do país. Vai
ser a fórceps”. Em outra mensagem, o suspeito diz: “O Peru fechou a corte
suprema do país. Nós também podemos. Pressão total contra o STF”. O ministro chama
a atenção para o fato de o envolvido andar “constantemente armado”.
Em outro caso, o investigado
disse nas redes sociais que o “STF soltou até traficante” e que “é desanimador
o fato de tantos brasileiros ficarem alheios ao que a quadrilha STF vem fazendo
contra a nação”. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, essas publicações
revelam uma “propaganda com o objetivo de alteração da ordem política e
social”.
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Entre os alvos também está o
general da reserva Paulo Chagas. Segundo o ministro do Supremo, ele fez
“postagens nas redes sociais de propaganda de processos violentos ou ilegais
para a alteração da ordem política e social, com repercussão entre seguidores”.
Moraes diz que o “investigado defendeu a criação de um Tribunal de Exceção para
julgamentos do Ministros do STF ou mesmo substituí-los”.
No mandado de busca, o ministro
Alexandre de Moraes ordena à Polícia Federal apreender computadores, tablets,
celulares e outros dispositivos eletrônicos encontrados nas casas dos
suspeitos. O magistrado também determina que a PF tenha acesso a “documentos e
dados armazenados em arquivos eletrônicos” e que colha os depoimentos de todos
os alvos da operação.
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