O desenho geográfico do Chile é ímpar, uma longa faixa de terra, espremida entre a Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico, o país tem 4.300 km de extensão norte sul e apenas 177 km de leste a oeste. Tem também uma população pequena, de 16 milhões de habitantes, mas possui mais de 250 vinícolas registradas.
Os brasileiros são apaixonados por vinho chileno, provam os números. Em 1997 o Chile exportava para o Brasil cerca de 2,8 milhões de litros de vinho, hoje, a importação está na casa dos 20 milhões de litros. Grande produtor de vinhos tintos o Chile começou a mudar seu perfil a partir de 1982, quando o enólogo Pablo Morandé, em busca de terrenos para instalar seus vinhedos, e, retornando de um período de aprendizado e pesquisa na região de Carneros na Califórnia, encontrou semelhanças entre Casablanca e aquela região costeira da Califórnia – famosa por seus vinhos brancos. Sucesso absoluto que logo se espalhou pelo país. Hoje, os vinhos de regiões mais frias como Casablanca, San Antonio (Leyda), Limarí e Elqui conferem ao Chile uma posição de liderança isolada em brancos de elevada qualidade na América Latina.
O Valle de Casablanca, no Chile, fica a apenas 70 km da capital Santiago, perto do mar e no caminho para o famoso balneário de Viña del Mar. Esta localização é perfeita tanto para produzir bons vinhos como para atrair turistas que tornam o vinho ainda mais conhecido.
Para se ter uma idéia precisa em termos da importância deste feito, vale acompanhar os números. Em 1986, Morandé apresentou seus primeiros vinhos com uvas de Casablanca. No início dos anos 1990, a região contabilizava somente 100 hectares de vinhedos. No ano 2000, o número já era outro: 3.500 hectares. De lá para cá os registros apontam 4.100 hectares de vinhedos estabilizados por um severo fator limitante, a escassez de água no Valle.
Fica a dica: beba todos os brancos chilenos que puder agora. Eles são excelentes, tem preço muito bom. Mas em breve serão caros e raros!
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