Elas

Elas deixam o mundo mais colorido, mais animado, mais amoroso, mais festivo!!

E a cada ano, deixam também o mundo do vinho muito melhor. Semana passada apresentei a Enóloga Naira Marx, nossa estrela regional, e sua deliciosa espumante, recém lançada. Hoje conto um pouco mais dessa nova ordem mundial: mulheres nas adegas!

Começando pela Itália encontramos a Enóloga Raffaela Bologna, na belissima cidade de Rocchetta Tanaro, no Piemonte, na Cantina Braida. Raffaela herdou do pai a cantina que hoje desponta no cenário mundial com o famoso  “Bricco dell Uccelone”, produzido da uva Barbera porém passada em barricas. Um vinho de tirar o folego.

Na França uma mulher comanda a produção de  um dos vinhos mais emblemáticos do mundo, o “Chateau Mouton Rothschild”. A Baronesa Philippine de Rothschild,  filha do Baron Philipe, um dos maiores ícones do mundo do vinho traz uma dramática história  da Segunda Guerra Mundial, quando foi capturada pelos nazistas. Mesmo assim  conseguiu manter o prestígio do “Chateau Mouton Rothschild” após a morte do barão, em 1988.

Outra francesa, Hélène Garcin-Lévêque, muito jovem ainda, herdou de sua mãe o Chateau Haut Bergey, em Pessac, e expandiu o negócio com outras aquisições: Chateau Branon, também em Pessac, Clos L´Eglise, em Pomerol, e Chateau Barde Haut, em Saint Emilion. Casou-se  com um  viticultor,  e representa a nova geração  de mulheres do vinho na França.  Na Argentina, ela montou um projeto visionário chamado Poesia e conseguiu produzir um vinho de terroir com o mesmo estilo de seus Grand Crus franceses.

Em Portugal, destaca-se Filipa Pato, que seguiu os passos do pai Luís Pato, um dos enólogos mais prestigiados de Portugal, e recebe  elogios constantes da crítica internacional de vinhos. Formada em Bordeaux e com passagem pela  Argentina, Filipa imprime caráter e  modernidade aos seus vinhos, produzidos em duas tradicionais regiões portuguesas, Dão e Bairrada.

Algumas histórias, dentre tantas outras.