Um país como o Brasil, de dimensões continentais, com população que ultrapassa os 200 milhões de habitantes, natureza exuberante que oferece tudo o que se possa imaginar, costa marítima invejável, petróleo, água, oxigênio, tudo o que se necessita para a sobrevivência, não pode ficar a mercê de um bando de salafrários.
O risco de o povo ignorante funcional colocar um Presidente da República da mesma estirpe nessas próximas eleições, é imenso. E o cenário está sendo preparado com cuidado. É só ficar atento na dança dos candidatos. Lamentavelmente, um pior que o outro. Os que estiveram no comando do País até hoje, já demonstraram que não merecem permanecer. Os que se apresentam como o novo, têm às suas costas os mesmos manipuladores de sempre, fazendo da Câmara dos Deputados, Senado e Palácios, verdadeiros circos de marionetes.
SEM ESCRÚPULOS
Ninguém mais tem escrúpulos. Já não se sabe qual o significado desta palavra. O debate entre os postulantes à Câmara Federal organizado pela Rádio Peperi de São Miguel do Oeste, escancarou a falta de vergonha na cara. Teve candidato avaliando seu pífio desempenho com a justificativa que as coisas lá em Brasília não são fáceis. Nas entrelinhas deixou claro que não é possível fazer as coisas de acordo com o interesse da população. É preciso atender aos interesses de grupos, principalmente os mais fortes. Assim não dá.
A MIDIA
A mídia da direita não sabe mais que Santo chamar para emplacar seu candidato que nem ela mesma sabe quem é. Para tirar um quadradão louco e fora da casinha do páreo, serve qualquer um.
A experiência dos governos do PT, ditos de esquerda mas comandados pela direita do ex-PMDB, pode se repetir. É a tal coisa: “já que se está no inferno, não custa dar um abraço no diabo”. O atual MDB, tido como o maior partido do Brasil, está indo pro brejo. O salvador de finanças Henrique Meirelles não consegue os votos nem dos seus filiados. O Zumbi (morto vivo) maior, personagem de Incidente em Antares do saudoso Erico Veríssimo, Michel Temer, está recluso “em seus aposentos”, de cuecas e robe, sem saber o que fazer, dizer, ou a quem apoiar.
Não se pode classificar o funesto presidente (letra minúscula mesmo!) da República (letra maiúscula porque nem merecemos mais a de Bananas) como impostor. Ele não merece tanto.
Poderíamos chama-lo de Nero, o imperador Romano que ateou fogo em Roma. No caso, ele ateou fogo no Brasil inteiro. Mas, Nero, seria uma honraria desmedida.
Talvez lhe caiba melhor Calígula, o imperador Romano que reinou de 37 a 41 d.C. Seu maior feito foi ter nomeado Incitatus, seu cavalo preferido, Senador.
Incitatus, o Cavalo, tinha cerca de dezoito criados pessoais, era enfeitado com um colar de pedras preciosas e dormia no meio de mantas de cor púrpura. Foi-lhe também dedicada uma estátua em tamanho real de mármore com um pedestal em marfim.
No caso, o impetuoso Michel Temer só nomeou burros e asnos. Nenhum cavalo! Como não há no vernáculo pátrio um termo que o classifique, poderíamos chama-lo de inútil. Até a mídia servil o abandonou. O sujeito não é manchete nem em Sanchas Parda.
O POVO
O povo nem está aí para as eleições. Os mais abastados continuam comprando caminhonetonas. Os empresários retiraram os impostômetros, mas adoram a ideia dos sonegômetros. Os bancos, apresentam balanços com lucros bilionários, e cobram pelas cópias fotostáticas dos documentos que os pobres precisam apresentar para retirar uns trocados do FGTS, INSS e outras ninharias. Os trabalhadores estão sendo terceirizados como se fossem carrinhos porta-malas de rodoviárias. Os sem trabalho fazem fila em frente aos comitês dos candidatos, tentando obter alguns trocados desviados dos financiamentos de campanha com seu próprio dinheiro. Os candidatos, evidentemente, dizem que não tem dinheiro, mas por baixo do poncho, via aspones eleitorais, deixam resvalar algumas notas de cinquenta reais.
O GOVERNO
Véspera de eleições sempre foi um período de vacas gordas pela grande movimentação financeira que traz consigo. Sob a égide da legislação eleitoral anterior, a moeda circulava livremente por cima e também por baixo do poncho. Agora, com a nova lei de financiamento público das campanhas, a coisa ficou melhor. Vem dinheiro dos sagrados impostos para engrossar os já polpudos orçamentos de campanha. Nesta modalidade, o dinheiro dos impostos circula por cima do poncho, aquele do orçamento próprio, adquirido à custa dos 10% das emendas parlamentares, circula por baixo do poncho, para pagar combustível, salários dos aspones, e os já famosos picadinhos e acertos de grupos.
No que diz respeito às obras públicas em vésperas de campanhas, já não servem para as campanhas. O povo já sabe como funciona. Deixam-se os buracos nas estradas para serem tapados na véspera da votação. As cargas de pedra britada, ficam para daqui a dois anos, nas eleições municipais, onde impera a fumaça de trator e o esterco de galinha.
A saúde e a educação ficam à míngua por conta do contingenciamento imposto por este e outros governos inúteis.
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