Levantamento aponta que mais de 79% das rodovias do Extremo Oeste são consideradas regular ou péssimas

Créditos Foto: Amabilli Lorenço

O Extremo Oeste tem 79% das rodovias estaduais consideradas “regular”, “ruins” e “péssimas”. Os dados foram repassados pelo Estado ao deputado estadual Fabiano da Luz (PT) por meio de pedido de informação à Secretaria de Infraestrutura. “Bom” e “ótimo” somam apenas 20,26%.

Em resposta ao parlamentar, a pasta explica que são feitas pesquisas periódicas, realizadas por uma equipe técnica, em que são “avaliadas as condições de conservação de cada elemento rodoviário, sendo eles o pavimento, acostamento, roçada, drenagem, sinalização horizontal e sinalização vertical”.

Com relação somente ao estado da pavimentação, o número piora: 14,73% (bom e ótimo), 54,55% (regular) e 30,77% (mau a péssimo).

“Esses dados mostram que temos muito o que avançar no nosso Extremo Oeste. É por aqui que passa boa parte do escoamento dos nossos produtores. Esse problema não começou agora, mas o Estado tem dinheiro em caixa e uma chance de melhorar a situação”, destaca Fabiano.

Com relação à Santa Catarina, 43,51% das rodovias estaduais consideradas “regular”, enquanto os indicadores “mau” e “péssimo” somam 29,08%. Apenas 27,41% dos trechos são considerados “ótimo” e “bom”.

Proposta quer triplicar repasse para manutenção de rodovias

Projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) pretende aumentar o repasse do valor arrecadado com o IPVA para a manutenção de rodovias. Hoje, o Estado é obrigado a destinar apenas 10% da receita do imposto para obras de infraestrutura nas estradas. A proposta eleva esse percentual para 30%.

“É justo que parte do que é arrecadado com esse tributo seja direcionada para a manutenção de estradas. É um imposto pago por quem tem automóvel, mas o dinheiro vai para diversas áreas. Enquanto isso, as rodovias carecem de manutenção”, destaca o autor do projeto de lei, deputado Fabiano da Luz.

Segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2023, o Estado está prevendo arrecadar aproximadamente R$ 2,8 bilhões com o IPVA – metade desse valor é enviado aos municípios. Considerando apenas a parte que fica nos cofres do governo catarinense (cerca de R$ 1,4 bilhão), seriam direcionados mais de R$ 400 milhões para a manutenção das estradas.