Home Governo muda regra e 2 milhões de pessoas deixam de receber o Bolsa Família

Governo muda regra e 2 milhões de pessoas deixam de receber o Bolsa Família

As famílias deixam de receber o benefício quando ultrapassam o teto da renda mensal, de até R$ 218 per capita

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Última atualização: 2025/11/01 7:21:12

O programa Bolsa Família deixou de pagar mais de 2 milhões de beneficiários entre janeiro e outubro deste ano, segundo o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social). Para o governo federal, a principal razão foi o aumento da renda familiar, a criação de empregos e a formalização dos trabalhadores.

Com isso, o programa passou de 20,5 milhões de beneficiários em janeiro para 18,9 milhões em outubro, menor patamar desde 2022. Os recursos pagos pelo Bolsa Família caíram de R$ 13,8 bilhões a R$ 12,88 bilhões em dez meses.

As famílias deixam de receber o benefício quando ultrapassam o teto da renda mensal, de até R$ 218 per capita. O Bolsa Família paga valor mínimo de R$ 600 por família em situação de vulnerabilidade, com objetivo de combater a pobreza e a desigualdade social no Brasil.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, destacou em nota que o Bolsa Família tem “cumprido seu papel de melhorar a vida das pessoas mais pobres de maneira segura e sustentável”.

Por que 2 milhões de brasileiros deixaram de receber o Bolsa Família?

Dados da Senarc (Secretaria Nacional de Renda de Cidadania) apontam que a maioria das 2.069.776 famílias perdeu o benefício em razão do aumento da renda:

  • 1.318.214 – aumento dos ganhos totais no domicílio;
  • 24.763 – desligamento voluntário;
  • 726.799 – concluíram o período na Regra de Proteção.

“As famílias na regra de proteção que, através da renda do trabalho, conseguirem superar a pobreza, após o período de 24 meses, terão o pagamento do Bolsa Família encerrado, com base no entendimento de que a família alcançou estabilidade na geração e manutenção de renda própria”, anunciou o MDS.

A mudança entrou em vigor em junho de 2025, ou seja, os beneficiários que já estavam inseridos na Regra de Proteção anterior não foram afetados. A mudança definiu três públicos distintos:

  1. Famílias que já estavam na regra de proteção até junho de 2025. Mantêm o limite de meio salário mínimo por pessoa (R$ 759). Permanência: até 24 meses, conforme as regras anteriores.
  2. Famílias que entram na regra de proteção a partir da folha de pagamento de julho e não têm integrantes com renda estável. Limite de renda: R$ 706 por pessoa. Permanência: até 12 meses.
  3. Famílias que entram na regra de proteção a partir da folha de pagamento de julho e possuem integrantes com renda estável (aposentadoria, pensão, BPC-Idoso). Limite de renda: R$ 706 por pessoa. Permanência: até 2 meses.

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