Astôr Kist valoriza retomada de resultados positivos na economia de SC

EstadoNo dia de ontem, 25 de maio, foi comemorado o dia nacional da indústria. E para falar sobre o momento vivido pelo setor e também pela economia nacional, a reportagem do Jornal Gazeta ouviu o vice-presidente regional da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Astôr Kist. O vice-presidente regional entende que após um período de dificuldades, a economia começa a dar sinais de reação, e citou a geração de empregos, que no mês de abril fechou com um saldo positivo de 1.839 novas vagas no mercado formal de trabalho em Santa Catarina, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na terça-feira, 16. “No último trimestre, Santa Catarina gerou em torno de 2.400 empregos a mais que demissões. Quando o saldo do emprego começa a ficar positivo, de certeza também, a reação da economia está aparecendo”, comenta Kist. Entre os segmentos econômicos, os destaques do mês em Santa Catarina foram o setor de serviços (saldo de 1.226 vagas) e o de indústria da transformação (819 vagas). Na indústria da transformação, o bom resultado foi reflexo principalmente do desempenho dos subsetores têxtil do vestuário e artefatos de tecidos, com a abertura de 400 vagas, e do subsetor da indústria da borracha, do fumo, do couro, peles e similares, com 261 vagas.Astôr Kist entende que a melhora na economia nos últimos meses tem sido apoiada pela confiança, gerada em parte com a expectativa de aprovação das propostas de reformas Trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso Nacional. “Esse início de recuperação se deve à confiança de que o governo vai conseguir aprovar essas reformas. Se o governo não conseguir aprovar, acredito que, aí sim, em vez desse avanço continuar, vamos ter novamente um leve retrocesso”, comenta.Na semana passada, com a divulgação do conteúdo da delação premiada de executivos da JBS, a política nacional foi novamente impactada, assim como o governo Temer. O fato pode atrasar a votação e aprovação das reformas propostas. “Agora é esperar um pouco para ver. Consideramos a aprovação uma necessidade urgente. Achamos que o Supremo Tribunal Federal precisa dar rumos logo. O país já sangrou demais. O sai ou fica, tem que ser decidido logo. Aguardemos”, comentou Kist. Ele acredita que mesmo em um momento complicado do cenário político é preciso manter o otimismo, até pelo fato de o País estar passando por um período de “purificação”.Kist ainda falou da atuação da Fiesc em prol do fortalecimento do setor industrial, com acompanhamento do setor jurídico da Federação junto aos parlamentares para aprimorar a legislação e também em termos de capacitação, com Senai, IEL e Sesi. “De uma forma geral, o tempo todo, o sistema está voltado a fortalecer e apoiar a indústria. Além disso também na assembleia Legislativa o jurídico a Fiesc está presente. Na mídia, de uma forma geral, incentivando e reivindicando pelo e para o setor. O sistema Fiesc é muito atuante e o trabalho que certamente vai surtir efeito a médio e longo prazo, é o movimento pela educação que o sistema está fazendo. O movimento que iniciou como “Indústria Pela Educação” e, agora, se chama “Santa Catarina Pela Educação”, é um movimento inédito no País. Temos plena convicção que esse movimento vai gerar resultados muito positivos. Nós amargamos hoje baixos índices de produtividade, principalmente pela falta de escolaridade do nosso trabalhador da indústria. Conseguindo melhorar os níveis de escolaridade vai se melhorar os índices de produtividade. É isso que estamos pleiteando”, conclui.